O Caso Raíssa, sobre a morte de Raíssa Eloá Carparelli, de 9 anos, está longe de um fim. Agora, a perita Maria do Rosário Mathias Serafim afirmou que o garoto de 12 anos, apontado como o principal suspeito do crime, provavelmente não agiu sozinho. (Assista abaixo)
Conforme a perita, o menino que teria matado Raíssa não teria força o suficiente para agredir e amarrar a amiga em uma árvore.
“É improvável que um garoto de 12 anos tenha força para fazer tudo isso”, disse Maria do Rosário.
Caso Raíssa: corpo foi amarrado em árvore pelo pescoço
O corpo de Raíssa foi encontrado pelas autoridades em pé, recostado em uma árvore, com o pescoço amarrado por um lenço a uma árvore. Algumas folhas a poucos metros da vítima tinham vestígios de sangue, assim como a blusa usada pela menina.

A Delegacia de Homicídios não exclui a possibilidade de um terceiro envolvido, pois também acredita que o menino de 12 anos teria muita dificuldade em imobilizar a menina sozinho. Familiares já declaram que Raíssa ficava muito forte quando estava em crise, o que, provavelmente, ocorreu quando passou a ser atacada.
A especialista ainda explicou que o sangue na cena do crime poderia determinar se o menino realmente teve a ajuda de outro suspeito no assassinato.
Depoimentos do adolescente sobre a morte da criança
Em depoimentos sobre o crime, o garoto já contou duas versões diferentes sobre o crime que vitimou Raíssa. Primeiro, ele afirmou que matou a garota, na sequência ele voltou atrás e disse que Raíssa foi morta por um homem, apelidado como “Baianinho”.
Horas mais tarde, em um novo depoimento à polícia, ele teria assumido total responsabilidade pelo crime. Versão desmentida pela mãe em entrevista para a Record TV.
Dentro da última versão do crime, que ele descreve a participação de um suspeito em uma bicicleta, o garoto afirma que a vítima teria sido abusada sexualmente porque viu o homem colocando a calça.
Na opinião de Maria do Rosário, também é improvável que Raíssa tenha sido abusada sexualmente. O bom estado das roupas da vítima foram apontados como as justificativas: “ela estava completamente composta. Um abusador teria rasgado a roupa”.
Assista à entrevista sobre o Caso Raíssa:
A perita teve acesso às fotos da perícia e falou sobre o caso em entrevista para a Record TV.
Entenda o Caso Raíssa
Raíssa participava, junto com a mãe e o irmão, de uma festa no Centro Educacional Unificado (CEU) em Anhanguera. Enquanto estava na fila do pula-pula, sua mãe deixou a menina junto com o adolescente suspeito pelo crime e foi buscar pipoca para o filho. Minutos depois, quando retornou não encontrou mais a criança. Funcionários e participantes da festa ajudaram a procurar por Raíssa na escola e proximidades.
Cerca de duas horas depois do seu desaparecimento, o adolescente de 12 anos, agora, suspeito pelo crime, disse que foi encurtar caminho pelo parque e se deparou com a criança morta. A menina autista foi encontrada na área restrita do Parque Anhanguera, a cerca de 3,4 Km de distância da escola.
Raíssa estava com manchas de sangue no rosto e lesões no ombro. A aproximadamente 500 metros do corpo havia manchas de sangue, um par de chinelos, um saco plástico pequeno e transparente e uma capa de tecido sintético (TNT) grande e vermelha foram encontrados.
Menino era considerado solitário
De acordo com colegas de escola, o adolescente sempre é considerado solitário, não anda em grupo e não tem muitos amigos. Além disso, segundo colegas, ele costumava ameaçar meninas da escola. Já a mãe disse que nunca percebeu mudança no comportamento do filho.
Também nesta terça foi confirmado que Raíssa e o menino suspeito pelo crime moravam na mesma rua no bairro Morro Doce, a menos de 100 m de distância, e que nos últimos tempos costumavam brincar muito nas redondezas e no centro educacional de onde a criança foi levada antes do assassinato.