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Comentários polêmicos foram feitos em grupo de um aplicativo de mensagem de texto usado por uma turma de Direito de uma universidade de Cascavel

Uma conversa entre estudantes de direito de uma faculdade de Cascavel, oeste do estado do Paraná, virou polêmica nas redes sociais.

Comentários falam que a vítima é culpada pela própria morte

Um dos estudantes enviou o vídeo do caso da morte da advogada de Guarapuava,Tatiane Spitzner, no grupo da sala como sugestão de discussão para a aula de direito penal. Mas, alguns comentários feitos por estudantes do grupo de Direito foram surpreendentes.

Com tons de ódio e machismo, alguns estudantes chegam a responsabilizar Tatiane Spitzner pela própria morte, alegando que “lugar de mulher não é no parapeito de uma sacada, mas sim rezando, limpando a casa ou cuidando das crianças”. Outro comentário que chocou a internet foi “feminicídio não existe”, que causou revolta em várias pessoas que estão denunciando e comentando o caso nas redes sociais.

Na conversa, um dos estudantes afirma “Ah cara, se ela foi assassinada certeza que ela mereceu. Devia estar de saia curta demais”.

 

Comentários machistas de estudantes de direito chocam a internet (Foto: RICTV)

Para a psicóloga Adriana Montini, é triste presenciar que nos dias de hoje ainda existe uma juventude politizada e que está fazendo faculdade de direito ter os mesmos pensamentos retrógrados do século passado. “Isso não é mais admissível nos dias de hoje. Porque hoje a gente admite assim: homens e mulheres possuem direitos iguais, deveres iguais, posturas iguais”, ressalta a psicóloga.

Estudantes responsáveis pelos comentários podem ser acusados de apologia a conduta criminosa

A delegada Fernanda Lima sinaliza que o Código Penal traz o artigo 287 que coíbe a apologia ao criminoso, ou seja, não permite que pessoas enaltecem condutas criminosas. “Não se pode enaltecer a figura de um criminoso. Isso pode dar uma pena de três a seis meses de detenção caso seja comprovado que os estudantes estariam fazendo apologia ao crime”, conclui Fernanda.

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