Começa a instrução do caso envolvendo a advogada Tatiane Spitzner, morta em Guarapuava, em setembro
Testemunhas do caso envolvendo a advogada Tatiane Spitzner, morta em Guarapuava ao cair de um prédio no dia 22 de setembro, começam a ser ouvidas pela Justiça. Ao todo, 25 testemunhas devem prestar depoimento entre os dias 11 e 13 de dezembro.
Serão 19 testemunhas de acusação e seis de defesa nas audiências de instrução do caso envolvendo a advogada Tatiane. Pelo lado de acusação, devem falar o pai, a mãe e a irmã de Tatiane Spitzner. O principal acusado, Luis Manvailer, estará presente para acompanhar todos os depoimentos.
Manvailer é o único acusado pela Justiça no caso envolvendo a morte de Tatiane Spitzner. De acordo com a denúncia do Ministério Público, ele teria atirado a advogada do quarto andar do apartamento onde o casal morava, em Guarapuava, no interior do Paraná.
Manvailer responde por feminicídio
O principal suspeito do crime é Luis Felipe Manvailer, marido da vítima. No dia 8 de agosto a Justiça aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP-PR). De acordo com o documento, Manvailer vai responder por homicídio qualificado por feminicídio, fraude processual e cárcere privado.
Morte de Tatiane Spitzner
Após carregar o corpo da vítima para dentro do apartamento do casal, Manvailler iniciou uma fuga pela BR-277, mas foi detido após sofrer um acidente em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná. Em seguida, a Polícia Militar (PM) foi até o local do crime e encontrou manchas de sangue na calçada e nos corredores do prédio. Os agentes tiveram que arrombar a porta e a advogada foi encontrada sem vida.
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Moradores relataram aos policiais que ouviram gritos e discussão antes da queda de Tatiane. Segundo a Polícia Civil, a esposa teria pedido para ver o celular do suspeito em uma casa noturna – o que motivou a briga. Em depoimento, Manvailer contou que a briga continuou em casa e Tatiane foi para a sacada do apartamento e se jogou.
Porém, imagens do circuito interno mostram Manvailer carregando o corpo e ‘limpando’ as manchas de sangue pelo prédio e, em seguida, fugindo. Francisco Sampaio, um dos delegados que investigou o caso, afirma que antes da tragédia o suspeito desferiu vários golpes contra a advogada dentro do elevador do prédio.
“Alguns vizinhos ouviram ela gritar por socorro. Também não é comum, o mais comum quando alguém sofre um acidente é o marido chamar as autoridades ou mesmo a polícia, e não sair fugindo”, declarou Sampaio.
Ele também deverá responder por retirar o corpo do local, por tentar disfarçar as manchas de sangue e, ainda, pelo furto do carro da advogada.
Vídeo de Manvailer agredindo advogada Tatiane
Imagens de câmeras de segurança mostram Manvailer agredindo a esposa dele, advogada Tatiane Spitzner, no carro do casal e no elevador do prédio. Em seguida, ele arrasta o corpo para dentro do apartamento e limpa os rastros deixados no condomínio. Atenção, imagens fortes!
