A noite de sexta-feira (19) foi marcada por mais um caso de sequestro-relâmpago com motoristas em Londrina. Na semana passada, uma professora foi morta quando voltava para casa com seu filho e marginais os renderam.
A abordagem é padrão: os bandidos aproveitam o sinaleiro fechado para os carros e intimidam suas vítimas com armas de fogo.
No caso mais recente, um pai de família deixou mulher e filha em casa e saiu para comprar o jantar. Vendo no automóvel parado no farol da Avenida Maringá uma oportunidade, dois criminosos chegaram de moto com revólveres, renderam o homem e o obrigaram a mudar sua rota. A vítima relatou ter sofrido diversas ameaças, com a pistola apontada ora para sua cabeça, ora para as costelas, além de ter seu dinheiro e cartões levados pelos sequestradores.
O motorista foi abandonado sem ferimentos em um matagal próximo a Cambé, município vizinho, e caminhou por cerca de 40 minutos até encontrar uma empresa onde foi socorrido. Traumatizado e com medo de represálias, ele preferiu não se identificar.
Desfecho trágico
A Mirella Guandalini, de 40 anos, não teve a mesma sorte. Percorrendo o caminho que fazia todos os dias com seu filho, entre Ibiporã e Londrina, a vítima foi abordada em um semáforo na BR-369 por dois bandidos. Os criminosos entraram no carro, amordaçaram o jovem, de apenas 16 anos, e o trancaram no porta-malas.
Com uma arma de fogo apontada para sua cabeça, a professora universitária foi obrigada a dirigir até que começou a passar mal e encostou o veículo. Irritado, um dos sequestradores atirou na mulher, que morreu na hora.