
Atualmente, os presos dividem duas salas e duas celas improvisadas, sem local para fazer necessidades fisiológicos e sem acomodações mínimas
Mais de 100 presos dividem um espaço para oito na Central de Flagrantes de Curitiba, no centro da capital. A superlotação reúne presos com tuberculose, HIV e até com necrose. Membros da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil- Seção Paraná foi até o local para avaliar a situação e entender o motivo da superlotação.
Atualmente, os presos dividem duas salas e duas celas improvisadas, sem local para fazer necessidades fisiológicos e sem acomodações mínimas.
A comissão também já verificou situação semelhante na Delegacia de Furtos e Roubos em Araucária e Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
“É uma bomba-relógio, uma violação completa de humanidade”, afirma Isabel Kugler Mendes, membro da comissão.
Em nota, a Polícia Civil informa que:
“A transferência dos presos da Central de Flagrantes é feita periodicamente devido a grande quantidade de prisões. Na segunda-feira (05/03), 15 presos foram transferidos para o Sistema. Novas transferências (50 vagas) estão previstas para esta terça-feira (06/03). Sobre os dois presos com suspeita de tuberculose, ambos foram transferido para o Complexo Médico Pena (CMP), em Piraquara.
Vale ressaltar que a cúpula da segurança pública tem trabalhado para reduzir o número de presos em delegacias. Semanalmente, o Comitê de Transferência de Presos (Cotransp), que conta com representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público, autoriza a transferência de presos de delegacias para o sistema prisional. No entanto, as vagas só são abertas com a saída de presos e, para isso, é preciso autorização do Poder Judiciário.”
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