Dois cilindros de gás liquefeito de petróleo (GLP), que haviam sido instalados de forma clandestina no ônibus escolar que explodiu e matou cinco crianças, teriam causado o incêndio no veículo. A informação foi divulgada pela Polícia de Potosí. O acidente na última quarta-feira (16) deixou outras sete estudantes gravemente feridas. A situação aconteceu na cidade de Uncía, localizada na região mineradora de Potosí, na Bolívia.

Os cilindros, geralmente utilizados para fins domésticos, estavam sendo usados como fonte de energia para o motor do ônibus, conforme a Polícia de Potosí
Explosão em ônibus foi imediata
Conforme a Associated Press News, o veículo estava estacionado em frente a uma escola e se preparava para buscar 13 estudantes com idades entre 12 e 17 anos. Segundo o porta-voz da polícia local, Limbert Choque, o fogo começou no momento em que o motor foi acionado. O vazamento de gás provocou uma explosão imediata, seguida por um incêndio que se espalhou rapidamente por toda a estrutura do ônibus.
Dos 13 alunos que estavam no local, oito conseguiram escapar pelas janelas do veículo. As outras cinco vítimas foram encontradas mortas pela polícia, com queimaduras extensas. A identificação das vítimas foi feita com apoio de familiares e da equipe escolar.
Explosão em ônibus escolar: vizinhos e funcionários tentaram auxiliar resgate
Vizinhos e funcionários da escola tentaram auxiliar no resgate dos estudantes, mas as chamas impediram o acesso ao interior do ônibus. O fogo foi controlado por equipes de emergência, mas a gravidade das queimaduras nos sobreviventes motivou a transferência imediata para unidades de saúde nos municípios de Llallagua e Oruro.
As autoridades bolivianas afirmam que os feridos permanecem internados em estado grave. A possibilidade de novos óbitos não está descartada, devido à gravidade das lesões.
Pais pedem medidas urgentes
Entidades representativas de pais e organizações que atuam na proteção da infância pediram medidas urgentes para fiscalizar o transporte escolar em regiões rurais do país. O uso de veículos em más condições técnicas, segundo essas entidades, é comum em áreas de menor infraestrutura.
O governo da Bolívia declarou luto oficial na região e afirmou que prestará apoio às famílias das vítimas. As investigações seguem para apurar as responsabilidades pela adaptação ilegal do sistema de combustível e a situação do ônibus utilizado para transporte escolar.
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