As investigações sobre a morte de Jaqueline Aparecida Duarte dos Santos, morta brutalmente com seis disparos no último sábado (21), na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), avançam nesta sexta-feira (27). Após a prisão de Lauriano dos Santos Souza, genro da vítima, ele e outras quatro pessoas prestarão depoimento na Delegacia da Mulher de Curitiba a partir das 10h.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito será ouvido novamente. Na manhã de ontem, o ex-candidato a vereador se apresentou na sede policial acompanhado do advogado. A expectativa é que hoje, o indivíduo revele detalhes sobre o crime à delegada Vanessa Alice.
Além do suspeito, outras quatro pessoas devem comparecer à delegacia para prestar depoimentos. São dois casais que estiveram com Lauriano pouco antes do crime. Segundo informações, o homem estaria participando de um encontro com amigos no momento em que se dirigiu até a casa da sogra e cometeu o feminicídio.
Genro é preso
Nesta quinta-feira (26), logo após se apresentar na sede da Delegacia da Mulher de Curitiba, os policiais cumpriram um mandado de prisão temporária de 30 dias contra Lauriano dos Santos Souza. Durante a primeira conversa com a delegada, o indivíduo chegou a revelar que poderia ter matado a esposa, caso tivesse encontrado ela no lugar da sogra.

Na delegacia, Lauriano argumentou não se lembrar de muita coisa do dia do crime e, ainda conforme a delegada, chorou muito nos momentos em que ela o questionava sobre algo que poderia incrimina-lo. O homem ainda será interrogado na sexta-feira (27), quando deverá descrever mais informações sobre tudo o que aconteceu.
“Ele não sabe informar o motivo, ele não sabe o porquê ele teria descarregado um revólver contra a sua sogra. Eu perguntei então para ele “sendo assim, então você é um assassino em potencial, porque você não sabe dizer o motivo, você matou sem ter uma razão”. Eu perguntei também para ele se a esposa dele estivesse ali ao invés da sogra, se seria a esposa a vítima, ele me confirmou que sim. […] caracterizando dessa forma, sem sombra de dúvida, o feminicídio.”
disse a delegada Vanessa.
A arma usada no crime ainda está desaparecida. O suspeito afirmou que a descartou na represa Capivari e diligências serão realizadas no local pelo Corpo de Bombeiros para tentar localizar o revólver. Lauriano relatou para a polícia que saiu da casa da sogra após o homicídio, pegou a moto e foi dirigindo até São Paulo, onde foi localizado na quarta-feira (25).