Curitiba - O advogado Heitor Bender, que representa o policial civil envolvido na morte de Antônio Carlos Antunes, disse que até agora o agente apresentou todas as provas de que agiu em legítima defesa. O homem morreu após ser baleado pelo policial em um bar no centro de Curitiba.

“É importante frisarmos que não houve uma discussão prévia, para que ele pudesse sacar a arma, apontar e conter esse cidadão. Ele já estava sendo agredido no momento. Aí temos o contexto de uma luta corporal com uma arma no meio. As forças de segurança recomendam que se você está armado, não entre em luta corporal. O meu cliente não teve essa opção, pois ele foi agredido pelas costas”, disse o advogado.
Do mesmo modo, Bender afirmou que o homem baleado pelo policial tentou tomar a arma do agente envolvido na confusão. O advogado aproveitou também para lamentar a morte de Antunes.
Laudo do IML aponta que policial que baleou cliente em bar foi agredido
Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que o policial civil sofreu lesões naquela noite. A defesa de Marcelo também apresentou fotos do banheiro, que mostra o espaço da pia e o copo já no chão. Às 20h13 Marcelo fez uma chamada para a PM no 190. Segundo o advogado, ele ligou para pedir socorro ao ferido e passou todas as informações no local.
Segundo a Polícia Civil do Paraná, a motivação foi uma discussão sobre um copo de cerveja. Câmeras de segurança registraram a movimentação do lado de fora do banheiro, minutos antes do disparo.
As investigações sobre a morte de Antônio Carlos seguem em andamento. A polícia também abre uma investigação interna da corregedoria para apurar a briga e a conduta do policial civil.
Filha de homem que morreu baleado por policial em bar faz desabafo
Nas redes sociais, familiares e amigos postaram homenagens para Antônio Carlos. O vendedor baleado dentro do banheiro de um bar morreu na manhã desta quarta-feira (1º). Quem atirou foi o policial civil que estava de folga. Na tarde desta quarta-feira, a advogada da família de Antônio Carlos disse que espera que o caso vá a júri popular.
“Meu pai não tá aqui pra de defender, mas eu vou lutar por ele até o fim. o que mais dói é ver esse ser tá solto enquanto o meu pai não tá mais aqui. Mas a justiça vai ser feita. Eu vou lutar até onde eu tiver forças pelo meu pai”, desabafou a filha de Antônio.
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