
Muros altos, cacos de vidro e cercas não intimidam os ladrões que já furtaram o local mais de dez vezes
Muros altos, cacos de vidro, cadeados e cercas não parecem ser impedimento para ladrões que já assaltaram a Escola Básica Pero Vaz de Caminha mais de dez vezes, localizada no bairro Capoeiras, em Santa Catarina (SC).
A procura é sempre pelos mesmos itens
No total, os assaltantes já levaram cerca de 40 lâmpadas, um aparelho de som, dois ares-condicionados, uma porta, quatro janelas, 26 ventiladores e diversas fiações, todos objetos de venda fácil.
Em um ano, mais de dez invasões foram registradas na escola. De acordo com a diretora Dulce Araci, os indivíduos pulam o muro, acessam o colégio pelo portão, e por lá já conseguem acessar o segundo piso que não possui grade. “Já tivemos casos que eles conseguiram abrir a janela, e outros que eles quebram o vidro”, relata a diretora.
Para fazer a retirada dos ventiladores, os indivíduos arrancaram parte da fiação do local, o que impede que as lâmpadas funcionem, ação que prejudica bastante os alunos durante as aulas.
Manutenção e reposição
Alguns dos itens roubados são repostos pela empresa responsável por fazer a manutenção patrimonial, mas a burocracia costuma demorar.
A Secretaria do Estado e da Educação afirma que não tem o controle exato dos gastos gerados pelos crimes, e que quando é preciso reparos estruturais, o fundo do departamento de infraestrutura é acionado.
Elizete Geraldi, gerente de educação regional, afirma que a verba acaba fazendo falta em outras situações. “O dinheiro do fundo poderia estar sendo melhor investido ao invés de termos que fazer a reposição daquilo que está sendo roubado, danificado, e que poderia estar na escola ainda em bom estado para o uso dos nossos estudantes”, lamenta a gerente.
Escola já solicitou câmeras de monitoramento para a Polícia Militar
O colégio possui segurança patrimonial durante o horário letivo, mas a escola já solicitou câmeras de segurança da Polícia Militar no entorno do prédio.
A PM relata que faz um trabalho ostensivo na região, mas que os muros acabam dificultando a visibilidade no período noturno.
Sandro Cardoso, comandante do 22º Batalhão, explica que para combater a ação dos criminosos também é necessário a ajuda da comunidade. “Infelizmente eles não estão trazendo características dos ladrões para que a gente poder trabalhar em cima. A suspeita é que este tipo de ação é praticada por usuários de drogas e moradores de rua”, finaliza Cardoso.