A operação Octopus, de combate a crimes contra a previdência, foi deflagrada na manhã desta terça-feira (14) pela Polícia Federal nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Duas pessoas foram presas. 

Mandados de busca e apreensão

Segundo a PF, a organização criminosa alvo da ação é especializada em fraudar aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e pensões por morte.

As medidas judiciais foram cumpridas nas cidades paranaenses de Curitiba, Araucária e Pontal do Paraná, além de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, Erechim e Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul. Foi determinado, ainda, o arresto de bens e bloqueio de contas bancárias dos envolvidos, bem como o afastamento dos servidores do INSS, de cargos de chefias e das atividades de concessão de benefícios previdenciários.

Crime contra a previdência

As investigações revelaram que a organização estava sendo chefiada por um agenciador de aposentadorias, reincidente em crimes contra a Previdência. Há fortes indícios de que o esquema criminoso conte com a participação de dois servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), três contadores, dois advogados e outros intermediários de benefícios previdenciários.

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De acordo com a PF, para o cometimento dos crimes foram criados cerca de 800 vínculos empregatícios fictícios – entre eles, seus próprios familiares, de primeiro e segundo graus – para mais de 500 trabalhadores. Os vínculos fraudulentos inseridos nos sistemas do INSS cobrem uma faixa de tempo de serviço de 1 a 15 anos.

A Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária (COINP) estima o prejuízo em cerca de R$ 3,7 milhões com o pagamento de 52 benefícios obtidos de forma fraudulenta. Pessoas que obtiveram benefícios irregularmente terão suas aposentadorias revisadas pela autarquia previdenciária.

Acusações

Por meio de inquéritos policiais os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, estelionato majorado e inserção de dados falsos em sistemas corporativos do Governo Federal, com penas previstas de até 20 anos de prisão se somadas.

Os presos e o material apreendido foram encaminhados à Superintendência Regional da Polícia Federal onde permanecerão à disposição da justiça.

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