Curitiba - O comerciante Orlando Machado, suspeito de matar um homem após reagir a um assalto, se apresentou à delegacia de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, na tarde desta segunda-feira (18). O caso aconteceu no domingo (17), quando o empresário se envolveu em uma discussão com um suspeito de furto.
De acordo com as informações apuradas pela RICtv, o caso aconteceu neste domingo (17), quando testemunhas relataram que houve uma discussão entre o comerciante e o suspeito. Durante a briga, Orlando teria sacado uma pistola e disparado contra o peito do homem, que caminhou por alguns metros antes de cair no chão e morrer no local.
Equipes do SAMU e da Polícia Militar foram acionadas, mas o homem acabou morrendo no local. Os policiais recolheram um estojo de munição calibre .380. Durante diligências, policiais também encontraram munições calibre .38 em um imóvel ligado ao comerciante.
O que diz a defesa do comerciante que matou o assaltante
O advogado Caio Percival, que representa Orlando, afirma que o cliente está constrangido e reforça que ele agiu em legítima defesa. Segundo a defesa, a relojoaria do comerciante, aberta em 2011, já havia sido alvo de mais de cinco furtos e diversos arrombamentos.
“Ele está muito constrangido. Ele produz para a riqueza de São José dos Pinhais e luta pelos interesses da cidade. Se estabeleceu vindo do campo e tem uma relojoaria desde 2011, que vem sendo fruto de furtos. Foram mais de cinco furtos e uma série de arrombamentos. No sábado, ele teve a casa furtada e no domingo (17), ele encontrou os seus pertences na mão do indivíduo”.
O advogado ainda explicou que Orlando tentou abordar o suspeito e acionar a polícia, mas foi ameaçado.
“Ele abordou esse rapaz e disse que chamaria a polícia. Nisso, esse rapaz, de uma forma debochada, se levantou e ameaçou o senhor Orlando, que não teve outra reação a não ser reagir”, concluiu Percival.
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Polícia investiga se homem morto não era o assaltante
De acordo com as informações do repórter Tiago Silva, da RICtv, imagens registraram o crime. Além disso, existe a possibilidade de o homem morto pelo comerciante não ser o homem que entrou na relojoaria. A imagem será analisada pelo delegado Fábio Machado, da Polícia Civil.
“Ele se apresentou voluntariamente e está disposto a ajudar no esclarecimento do fato. Existe sim uma dúvida. Ele acredita que esse rapaz seria o autor de furtos em seu estabelecimento comercial. O certo seria ele entrar em contato com a polícia, para ir até o local e prender esse rapaz”, disse o delegado.
Além disso, Machado disse que o rapaz morto estava vivendo em situação de rua desde que deixou a prisão em junho. Mesmo assim, o comerciante deve responder por homicídio qualificado.
“Por enquanto não existe necessidade de prisão preventiva, já que ele se apresentou voluntariamente. Mas isso não se justifica, pois ele deveria ter acionado a polícia”, concluiu o delegado.
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Editor
Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.
