Comerciantes denunciam arrombamentos, prejuízos e depredação: "o que não levaram, eles quebraram"

Na última semana, dois estabelecimentos comerciais foram arrombados na região central de Curitiba. Nos dois casos, registrados em um bar e em um café, os suspeitos agiram durante a madrugada, invadiram os comércios e levaram desde torneiras, móveis, equipamentos, comidas e bebidas. Além de fazer a limpa, os criminosos ainda destruíram tudo o que podiam nos locais, deixando prejuízos enormes.

Em um dos estabelecimentos, por exemplo, o dano deixado pelos suspeitos foi de mais de R$ 40 mil. Através de câmeras de segurança, foi possível averiguar que os suspeitos ficaram mais de cinco horas no espaço, levando os itens. A comerciante Ieda Wonka afirmou que a sensação é de insegurança.

“Foi um prejuízo bastante grande, eu diria que não só material como emocional, a coisa da gente se sentir invadido. Eles passaram cinco horas carregando as coisas, colocando em um desses carrinhos de catadores de papel, o que eu acho muito triste porque acabou marcando um carrinho de um catador de papel – que eu acho que é uma profissão, um trabalho muito digno – com uma coisa tão ruim.”

disse ela.

No outro local, o prejuízo foi de mais de R$ 25 mil e os suspeitos chegaram a quebrar uma parede ao lado da porta para conseguir retirar eletrodomésticos da sala comercial. “Em fechei meu comércio na noite anterior, eu cheguei aqui no outro dia e estava tudo destruído, alagado, o que eles não levaram eles quebraram, jogaram as coisas no chão, é um sentimento de tristeza, de vulnerabilidade”, disse o comerciante Fabio Costa.

• Leia mais: Operação Marco Zero investiga suspeitos de tráfico de drogas no Centro de Curitiba

O presidente da Abrapar, Fábio Aguayo, pediu respostas das autoridades. “Locais onde os bandidos fazem a festa, cinco horas, seis horas roubando, vandalizando, porque às vezes não basta só roubar, tem que humilhar o local, defecar no local, urinar no local, derrubar comida, estragar comida que o cara lutou para vender. Então isso causa no setor a indignação, a revolta, e acima de tudo, a falta de respeito do poder público tem com o setor que gera mais emprego na cidade de Curitiba”.

Em nota, a Polícia Militar informou que a instituição faz patrulhamento na região com o efetivo disponível e que dá a “atenção possível com ações preventivas para inibir crimes, principalmente furtos e roubos”.

• Veja também: Jovem é preso após agredir a mãe em posto de combustível na frente do irmão menor

Veja:

“O 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), responsável pelo policiamento ostensivo no bairro, tem feito o patrulhamento ostensivo com o efetivo disponível, e o comando da unidade tem dado a atenção possível com ações preventivas para inibir crimes, principalmente furtos e roubos. Também há aplicação de equipes da Companhia de Rondas Ostensivas com Aplicação de Motocicletas (CIROCAM) e do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque)”.

Ainda, a PM pediu a colaboração da população para denunciar os casos e lembrou sobre a importância do registro do Boletim de Ocorrência após o crime: “A participação da população é importante com denúncias tanto pelo telefone 190 quanto pelo aplicativo Emergência Paraná (190 PR), disponível gratuitamente para Android e IOS, a fim de que a PM possa prestar o atendimento necessário. Também é importante que o cidadão registre o Boletim de Ocorrência após o crime, pois embasa o planejamento de aplicação de policiamento pela Corporação.”