O concurso objetiva elevar a autoestima das presas; maioria é pouco visitada por companheiro e familiares
Nesta quinta-feira (17), trinta e três candidatas, com idades entre 20 e 35 anos, disputarão o título de Miss Presidiária Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. A última edição do evento aconteceu em 2004. O concurso, realizado na Penitenciária Feminina de Ribeirão, conta com o apoio da Universal nos Presídios (UNP), programa social da Igreja Universal de apoio a detentos e seus familiares.
A maioria das participantes do concurso de beleza foi condenada por tráfico de drogas e o concurso tem como objetivo elevar a autoestima das mulheres presas. Elas disputarão os títulos de Miss Presidiária da cidade, 1ª e 2ª princesas e Miss Simpatia.
As candidatas serão avaliadas nos quesitos beleza, simpatia e desenvoltura. As vencedoras receberão da Igreja, como prêmio, cestas com vários produtos de beleza, maquiagem, kits de unha, cremes, shampoo e kits de higiene. “O prêmio é apenas um incentivo, muitas não têm o básico, a maioria nem recebe visita e é esquecida por companheiro e familiares”, lembra Nilda Santos, uma das organizadoras do evento, que é membro do programa social da Universal.
Setenta voluntários da UNP estão auxiliando na organização. São maquiadores, cabeleireiros, decoradores, além de técnicos de som, professores e ajudantes. A Igreja ainda irá oferecer um café da tarde aos participantes.
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“Apoiamos o concurso, para incentivar a ressocialização dessas mulheres. Nosso objetivo é que elas se enxerguem de maneira diferente, se valorizem, queiram reconstruir suas vidas após o cumprimento de suas penas”, acrescentou o pastor Pedro Paulo dos Santos, responsável pelo trabalho do programa social da Igreja em Ribeirão Preto e região.
Na bancada do júri, blogueira, psicoterapeuta, empresária no ramo da beleza, jogador de futebol, apresentadora de TV, professores e representantes de uma agência de modelos.
Há 13 anos atuando na Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto, o programa social Universal nos Presídios foi criado há mais de 30 anos no Brasil. O objetivo é ajudar na ressocialização dos detentos, por meio de ações de evangelização como oficinas de artes, esportes, sessão de cinema, café da manhã, doações de livros, lanches, alimentos e kits de higiene aos encarcerados e familiares.
O programa também oferece apoio a funcionários das unidades prisionais. Além disso, são oferecidas gratuitamente assistência médica e jurídica, e doação de cestas básicas. No ano passado, 7 mil voluntários realizaram 837.746 atendimentos aos presos. Já nos primeiros meses deste ano, a UNP levou o trabalho social para todos os continentes e chegou a 52 países.
Desde março deste ano, a Igreja Universal do Reino de Deus vem inaugurando Igrejas dentro de presídios espalhados pelo País. Até agora, já foram inauguradas 120 unidades e mais 15 estão em projeto de construção.
