Convidados de festa em que jovem morreu afogada no Paraná usaram drogas

Mensagens enviadas em um grupo de WhatsApp mostram que alguns convidados presentes na festa em que uma jovem morreu afogada utilizaram drogas.

As mensagens foram obtidas em primeira mão pela Banda B e mostram que alguns convidados levaram narcóticos à festa. Uma das convidadas revela que levaria à festa drogas como MD, key e cloro.

“Orra. Vou levar um md, um key, um cloro. Vamooo”, diz a jovem ao responder e citar outro membro do grupo, que prossegue: “Tá maluco não uso essas coisas [sic]”., disse uma das convidadas no WhatsApp.

Dentre as drogas citadas, o MD ou MDMA é uma droga sintética que estimula o cérebro e aumenta a sensação de prazer, empatia e energia, enquanto a key ou cetamina é usada egalmente em medicina e veterinária, mas que, em contextos recreativos, pode causar dissociação, alucinações e perda de controle motor e o cloro ou clorofórmio causa sedação intensa e desmaios quando inalado, mas seu uso recreativo é extremamente perigoso e tóxico.

Amiga de jovem afogada na festa negou ter usado drogas

Ana Carolina França Grein, amiga de Ketlyn Pasztetnik – a jovem afogada na festa, negou que tenha utilizado drogas no evento, em entrevista à repórter Thais Travençoli, da RICtv.

A amiga da jovem afogada na festa ainda relatou que havia muitos convidados no evento, mas que não viu ninguém utilizar drogas.

Mas o depoimento de uma testemunha à Polícia Militar do Paraná (PM-PR) disse que Ketlyn teria consumido diversas drogas e bebidas alcoólicas durante o evento,

“Ainda, segundo relatos das testemunhas, a vítima havia feito o uso de entorpecentes (“Key” “Bala” “Cloro”) e bebidas alcoólicas durante o dia todo. Após os devidos levantamentos periciais, o corpo foi recolhido ao IML”, apontou o Boletim de Ocorrência da morte de Ketlyn.

Vítima chegou a ser reanimada, mas não resistiu

Segundo a investigação da Polícia Civil do Paraná (PCPR), a jovem de 18 anos morreu afogada no último domingo (27), em uma piscina de uma chácara, localizada em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Algumas pessoas estavam na piscina e conseguiram retirar a vítima da água. Manobras de reanimação foram rentadas, mas a jovem morreu no local.

O organizador da festa disse que não conhecia Ketlyn, mas o dono da chácara disse que já havia alugado o espaço para o homem em outras oportunidades.

Morte teria sido causada em “brincadeira de mau gosto”

Ana Carolina França Grein disse que a morte de Ketlyn foi causada por uma “brincadeira de mau gosto”, que consistia em uma disputa para ficar mais tempo debaixo d’água.

“Eu fui no banheiro e quando voltei vi ela deitada no chão e todo mundo chorando. Eu perguntei o que tinha acontecido e falaram que estavam fazendo uma brincadeira dentro da piscina para ver quem ficava mais tempo debaixo d’água. Falaram também que ela pode ter desmaiado na água ou ter baixado a pressão”, relatou em entrevista à repórter Thais Travençoli, da RICtv.

Nenhuma outra testemunha ouvida pela PCPR confirmou a versão da amiga da jovem afogada de que essa brincadeira estava sendo realizada.

Jovem que morreu afogada durante festa com drogas deixa uma filha

Ketlyn Pasztetnik trabalhava como vendedora em loja no Centro de Curitiba e deixa uma filha pequena, de dois anos, que agora deve ficar sob os cuidados do pai, segundo a amiga da vítima. A morte da jovem causou grande comoção nas redes sociais.

“Nossa estrela infelizmente foi brilhar no céu. Que esteja em paz”, escreveu uma jovem.

Outra amiga da vítima relatou que Ketlyn era uma menina feliz e sorridente. “Pensa em uma guria sorridente, assim que vou lembrar de você sua bruxinha. Deus te quis perto dele para alegrar os anjos do céu”, desabafou.

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