
A mãe da criança morta é uma adolescente de 14 anos, que teria sido abusada pelo meio- irmão; Família ocultou o corpo para esconder a historia
A Polícia Civil de Palotina, na região oeste do Paraná, está investigando um caso complexo envolvendo uma família, cujo enredo traz à tona um bebê recém nascido enterrado nos fundos de uma casa e suspeitas de abusos sexuais.
Segundo o delegado Aldair da Silva Oliveira, responsável pelo caso, as diligências começaram há menos de uma semana, depois que o Conselho Tutelar da cidade informou a denúncia de que uma adolescente de 14 anos teria dado à luz em casa e o bebê estaria morto.
Pai, a madrasta e o meio irmão da adolescente foram presos, inicialmente, por ocultação de cadáver. De acordo com o delegado, o pai da adolescente, um homem de 42 anos, confessou que um bebê nasceu na residência da família e que o filho de 20 anos enterrou a criança no quintal.
“Diante deste depoimento, nós pedimos a prisão da madrasta da adolescente e do filho do casal. Ele confessou a ocultação e nos mostrou o local onde a criança foi enterrada”. O corpo do bebê, um menino, foi encontrado em uma cova rasa, nos fundos da residência. Ele estava enrolado em um pano e já apresentava sinais de putrefação, conforme relato do delegado.
O Conselho Tutelar de Palotina suspeita que o parto tenha acontecido no dia 10 de março. Segundo a Polícia Civil, exames serão realizados no corpo para apontar se a criança já nasceu morta e também para comprovar a paternidade. A suspeita é que o meio irmão da adolescente tenha abusado dela e seja o pai da criança morta.
Família desestruturada
De acordo com a conselheira tutelar Dariana Benetti, sete pessoas moram na casa onde o parto teria acontecido. O casal e mais cinco filhos, sendo que dois deles, a adolescente supostamente abusada e um menino de 11 anos, são filhos de um relacionamento extra-conjugal do pai.
De acordo com o Conselho Tutelar, outra filha do casal, que hoje teria 19 anos e não mora mais com a família, vai representar contra o pai. Ela contou aos conselheiros que, entre os 10 e os 17 anos, sofreu abusos por parte do pai e de um tio que já faleceu.
O homem confessou à polícia os abusos à filha mais velha, mas afirma que nunca abusou da filha de 14 anos.
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