Corpo de funcionário público está no IML há 9 meses a espera de resultado de exame
A família de Miguel Santana, 52 anos, funcionário público de Quitandinha, Região Metropolitana de Curitiba, aguarda há 9 meses a liberação do corpo dele do Instituto Médico Legal de Curitiba (IML).
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De acordo com a reportagem do programa Balanço Geral, da RICtv, Miguel havia se internado em uma clínica de reabilitação, em Mandirituba, mas fugiu do local em abril de 2022 e ficou desaparecido. O corpo foi encontrado um mês depois da fuga em uma região de mata próxima à clínica.
O corpo estava em estado avançado de decomposição, mas a família reconheceu os objetos e roupas encontrados junto com a vítima. Segundo a família, a clínica não avisou ninguém sobre o desaparecimento de Miguel.
“É uma situação que não sai da minha cabeça, tem noites que eu perco o sono fico pensando porque é complicado eu to tocando minha vida porque preciso trabalhar, não posso abandonar meu serviço, mas é bem complicado não sai da minha cabeça. Enquanto eu não conseguir liberar ele de lá e conseguir fazer um enterro digno que ele merece eu não vou conseguir continuar minha vida”, diz Jucilene Santana, esposa de Miguel.
De acordo com Márcio Oliveira, amigo de Miguel, até o momento a polícia não disse se há marca de violência no corpo ou se foi uma morte natural.
Ainda segundo Márcio, um dia antes de desaparecer, Miguel teve algumas convulsões e a família não foi informada pela clínica.
“Nós, a esposa e os amigos, temos certeza de que é ele, mas sem nenhum documento sem esse laudo do IML, nós não podemos confirmar nada. Nós precisamos que a polícia, que o IML, que os órgãos competentes dê o parecer para nós que realmente é o Miguel”, finalizou Márcio.
O coordenador de psicoterapeuta, Jefferson Lisboa, que trabalha na clínica onde Miguel foi internado, afirma que a família mentiu sobre o grau de dependência de Miguel.
“O grau dele a gente não poderia estar ajudando naquele momento, mas como a família não explicou, a gente foi trabalhando com as ferramentas que a gente tinha e sempre em diálogo conversando e explicando como que estava o andamento dele, né?”, disse Jefferson.
O coordenador afirmou que Miguel teve crises convulsivas um dia antes de fugir. Segundo os funcionários do local, não há câmeras de monitoramento na clínica.
Segundo testemunhas, após fugir do local, Miguel parou em um bar e ingeriu bebida alcoólica e depois pediu ajuda para uma moradora para voltar à Quitandinha, mas em seguida sumiu.
A Polícia Científica do Paraná informou que a identificação do corpo não foi possível devido às condições de decomposição.
O material depende de análise de DNA e, por se tratar de ossada, o procedimento envolve etapas e procedimentos técnicos de maior complexidade.