O corpo do montanhista Sandro Godoy, que morreu no Panamá após ser picado por uma cobra, chegou em Curitiba após nove dias, na noite desta terça-feira (5). Até o início da madrugada, centenas de pessoas haviam passado pelo local para se despedir do curitibano.
Corpo de montanhista demorou nove dias para chegar no Brasil
O montanhista curitibano Sandro Godoy, de 45 anos, morreu no dia 27 de outubro no Panamá. Quando familiares e amigos souberam da notícia da morte, se uniram para conseguir o dinheiro do translado do corpo do montanhista.
Eles venderam garrafas de água no sinaleiro e fizeram campanhas nas redes sociais para conseguir o valor necessário. O dinheiro, R$ 35 mil, para o translado do corpo do montanhista do Panamá para o Brasil foi arrecadado na última quinta-feira (31).
Porém, a luta só havia começado. Na sexta-feira (1º), familiares afirmaram que o país havia liberado a documentação que autoriza o transporte do corpo de Sandro Godoy. Mas, precisaram aguardar o transporte aéreo, com sede em São Paulo.

Amigos e familiares se despedem de montanhista curitibano
O velório do corpo do montanhista Sandro Godoy começou por volta as 20h30 desta terça-feira (6). O local ficou pequeno para a quantidade de pessoas que queriam se despedir do mecânico.
“Agora é um sentimento de alegria, com se estivéssemos concluindo o ciclo, depois de muita luta. Até breve, meu guerreiro”, declarou a sobrinha do montanhista.
Para os familiares, apesar da tristeza, o momento também é de alegria, pois, depois de muita luta, eles podem se despedir do montanhista. “Esse momento agora é de tristeza, mas é um momento de alegria porque conseguimos trazer ele para cá, para fechar o ciclo…que é o enterro e o velório”, disse o irmão de Sandro Godoy.
Curitibano morre em trilha no Panamá
O montanhista morreu após ser picado por um cobra no Panamá, no dia 27 de outubro, quando tentava resgatar a companheira de trilha que havia despencado de uma montanha. De acordo com Queila Souza, ela e Sandro subiram o Cerro Trinidad no sábado e quando iniciavam a descida, por volta das 16h, o acidente aconteceu.
Na ocasião, a mulher – que caiu de uma altura aproximada de 200 metros– bateu a cabeça, desmaiou e acordou quando já era noite. Sem nenhum visibilidade, ela permaneceu no local até a manhã de segunda-feira (28), quando subiu a trilha e encontrou o corpo do montanhista morto, deitado em uma pedra.
Ela chegou acreditar que ele estivesse dormindo, mas quando tocou em Sandro, percebeu que o corpo do montanhista já estava frio e que ele apresentava mãos e lábios roxos.
“Quando eu subi eu já encontrei ele morto. Isso quer dizer o que, que ele foi picado depois que eu caí ou ele tava tentando me resgatar ou, de repente, uma cobra tava ali em cima já ou talvez eu até tenha me assustado com a cobra. Eu não me lembro. Acho que por conta do trauma, eu esqueci”, explicou a companheira do montanhista.