
O casal executado por membros do PCC na Grande Curitiba foi encontrado em covas rasas e com sinais de tortura no bairro Caximba
Os corpos de Marciliano Emiliano e Thais Ferreira dos Santos, mortos por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), foram encontrados pela polícia na noite desta quinta-feira (27) no bairro Caximba, em Curitiba. O casal foi executado na noite de quarta-feira (26) depois de passarem por uma espécie de ‘tribunal do crime’ onde foram condenados à morte.
A polícia chegou até o local depois que moradores da região informaram que encontram uma pá em um matagal de difícil acesso. As vítimas estavam enterradas em duas covas rasas próximos a ferramenta usada para sepultá-los. “A menina estava com uma corda no pescoço e um tiro na região da cabeça, já o rapaz morto com diversos tiros e também com as pernas amarradas”, contou a delegada Camila Cecconelo, da Divisão Estadual de Narcótico (DENARC).
Segundo as investigações da DENARC, ambos foram mantidos em cárcere privado por mais de 24h em Araucária, na região metropolitana da capital. De lá, ambos foram levados até o matagal onde foram executados. Os criminosos queriam informações sobre o assassinato de outro membro do PCC. “Nesse cativeiro, eles mantiveram eles torturados com o objetivo de fazer com que eles confessassem o homicídio de um integrante do PCC. Como eles não conseguiram, eles acabaram assassinando essas duas pessoas e depois colocando esses corpos aí nessa região de matagal”, completou a delegada.
Autores da execução do casal
Os três autores do crime foram presos durante a manhã de quinta pela Divisão Estadual de Narcótico (Denarc). Misael Natã Ribeiro da Silva, de 24 anos, Anderson Diego Santana, de 32 anos, e Naikon Martins Carvalho, de 32 anos, e um adolescente foram surpreendidos enquanto dormiam na residência em em Pinhais, na Região Metropolitana da capital.

Suspeitos presos pela execução do casal. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Com eles, foram apreendidas três pistolas, um revólver, uma submetralhadora e dois veículos roubados. Dentro de um dos automóveis havia muito sangue, cordas que foram usadas para amarrar as vítimas e um plástico com sangue. Na casa também foi encontrada uma aliança do casal assassinado.
Na delegacia, eles confessaram que integram o PCC. Todos permanecem à disposição da Justiça.
Assista à reportagem:
Marcelo Borges, repórter da RICTV Curitiba, conta todos os detalhes.