Um mistério vem desafiando a polícia de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, desde o dia 7 de agosto, quando foi encontrado o primeiro crânio humano na área rural do município, em uma pedreira.
“Os funcionários estavam trabalhando quando pedras começaram a rolar dentro de um córrego, então, um deles avistou algo parecido com um crânio humano”, contou o soldado Victor, da Polícia Militar.
Vinte dias depois, mais uma denúncia, dessa vez a ocorrência foi em um parque no bairro Guarituba, e crânio estava dentro de uma sacola plástica.
“No local estava somente o crânio dentro de uma sacola, não tinha mais nada, nenhum pertence, nenhum tipo de vestígio”, explica o sargento Josimar, da PM.
A surpresa maior, no entanto, veio seis horas depois, quando da polícia foi chamada porque um novo crânio havia sido localizado na mesma praça, a poucos metros dos brinquedos usados pelas crianças.
O que ninguém esperava, é que esse número ainda iria aumentar e antes mesmo dos peritos da Polícia Científica, os investigadores da Polícia Civil e policiais militares deixarem o local, o terceiro crânio foi localizado por um catador de recicláveis.

Os crânios foram recolhidos e encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML), onde serão submetidos a exames pelo Laboratório de Antropologia Forense.
A suspeita é que os crânios foram furtados do Cemitério do bairro Guarituba, já que o local apresenta abandono e vários túmulos teriam sido violados.
O superintendente da Delegacia de Piraquara, Sérgio Klaar, explica que quem for flagrado arrombando túmulos terá que responder pelos crimes de furto qualificado, vilipêndio e dano ao patrimônio público, além de pagar uma multa estipulado pelo município.
“A primeira linha de investigação é que as pessoas estão manipulando, estão arrombando os túmulos para buscar jóias, alianças, anéis. A princípio, seria um furto qualificado. […] É o crime de vilipêndio com pena de um a três anos de detenção, mais multa do município e patrimônio público”, disse Klaar.