Uma criança, de seis anos, acusou uma professora de abuso sexual e agressão em uma escola no Paraná. O caso teria sido registrado em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, em outubro de 2024. Por motivos de segurança, os nomes das pessoas citadas na matéria foram alterados.

Imagem ilustrativa de criança com a cabeça entre as pernas; menino acusou professora de abuso em escola
Vítima sofreu o abuso na frente dos colegas de turma. (Foto: Imagem Ilustrativa/Pixabay)

Yuri relatou a mãe, Isabella, que foi despido, além de ter as partes íntimas tocadas em frente aos demais alunos.

“A professora obrigou a criança a abaixas as calças na frente da turma. Ela pegou nas partes íntimas dele, puxou e deu um soco, além de jogar água no rosto dele”, relata Isabella.

Segundo Isabella, as demais crianças da sala riram durante as agressões sofridas por Yuri. A motivação da violência da docente teria sido uma briga entre o menino e outros alunos, na qual a criança teria mordido um colega.

Os pais de Yuri procuraram a direção do CMEI para trocar o menino de sala. Após semanas de insistência, conseguiram a transferência. Mas no dia 12 de agosto, a docente reencontrou a criança em um corredor da escola e jogou spray de pimenta no rosto da vítima.

Segundo Isabella, a direção da escola não afastou a profissional após a agressão e apenas recomendou a família de Yuri que a criança “não ficasse próximo a docente”.

Além de Isabella, outras duas mães relataram que os filhos sofreram casos similares ao de Yuri no mesmo CMEI. Essas ocorrências podem ser lidas neste link.

Veja vídeo em que a criança relata o abuso e agressão sofridos por professora em escola

Perguntado por mãe e avó, criança relata abusos e agressões sofridas em CMEI. (Vídeo: Arquivo Pessoal)

Secretaria da Educação de Colombo cita investigação dos casos e suporte às mães

Imagem ilustrativa de criança com a cabeça entre as pernas, observada por adulto; mães denunciaram casos de abusos e agressões em CMEI
Duas mães fizeram boletim de ocorrência sobre os casos de abusos e agressões. (Foto: Imagem Ilustrativa/Canva)

A reportagem procurou a Secretaria Municipal de Educação de Colombo sobre as denúncias feitas pelas três mães de casos de abusos sexuais, assédio e agressões contra alunos. O órgão se manifestou via nota (ver na íntegra abaixo), em que cita estar investigando as ocorrências e que prestou suporte às pessoas que procuraram a instituição.

A Prefeitura de Colombo, por meio da Secretaria Municipal de Educação, informa que, desde que tomou conhecimento da situação envolvendo uma criança atendida em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) da rede pública, fato que recentemente ganhou repercussão nas mídias sociais, adotou de forma imediata todas as providências cabíveis no âmbito de sua responsabilidade institucional.

A Secretaria está conduzindo uma investigação criteriosa, com base nos princípios da legalidade, imparcialidade e ampla defesa, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996) e o Estatuto dos Servidores Públicos Municipais. Informamos que, de forma preventiva, a educadora envolvida foi afastada deste CMEI.

O CMEI em questão foi prontamente contatado, e sua equipe gestora tem colaborado integralmente com o processo de apuração. No dia 30 de julho (quarta-feira), a mãe da criança compareceu à Secretaria, acompanhada de seu advogado, sendo acolhida com respeito e escutada com atenção, tendo a oportunidade de relatar detalhadamente os fatos que envolvem seu filho.

Até o momento, não recebemos formalização de novas denúncias. Reforçamos ainda que todos os pais que procuram a Secretaria com demandas ou atendimentos relacionados ao tema são prontamente acolhidos, e as medidas necessárias são tomadas em cada caso.

Destacamos que, caso a apuração dos fatos comprove conduta incompatível por parte de servidor público, todas as medidas legais serão adotadas.

A mãe de Yuri prestou boletim de ocorrência na Polícia Civil do Paraná (PCPR). Procurada, a Polícia também se posicionou por nota com a seguinte declaração: “A PCPR segue apurando a denúncia. Diversas testemunhas foram ouvidas e a equipe policial também procedeu com análise de documentações. A investigação segue em andamento a fim de concluir o inquérito policial”.

Uma das mães também procurou a Vara da Infância e Juventude de Colombo, ligada ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), mas até o fechamento dessa matéria o caso não havia avançado na instituição. Procurada pela reportagem, a autarquia não respondeu os questionamentos.

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Jorge de Sousa

Editor

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.