Curitiba - Prints de mensagens entre um pai e uma ex-professora de uma escola particular em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), indicam que uma criança de três anos foi agredida na mesma escola onde um menino com autismo teria sido amarrado. 

Conversa revela maus-tratos contra menina amarrada escola
Ex-professora denuncia agressões e uso de álcool em gel na boca de criança (Foto: arquivo pessoal)

De acordo com o barbeiro Bruno Incott, as mensagens foram enviadas por uma ex-funcionária da instituição. No conteúdo, a mulher disse que a criança era agredida na escola e que chegaram a jogar álcool em gel na boca da menina. 

“Batiam nela sim na escola. O tempo que ela tava mordendo bastante com frequência, levavam ela para secretaria, trancavam tudo e batiam na boca dela. Isso quando não jogavam álcool em gel na boca dela. Se precisar te envio a foto de novo”, disse a mulher. 

Pai de criança amarrada em escola fala sobre o caso 

Em entrevista para a repórter Beatriz Frehner, da RICtv Curitiba, o barbeiro contou que percebeu que a filha apresentou um comportamento diferente depois que entrou na escola

“A própria diretora mandou eu ir atrás para ver porque a minha filha estava tendo comportamento diferente e agressivo. Depois que ela entrou na escola, ela começou a querer morder, bater e não dividir as coisas. As vezes ela falava que a professora bateu, mas aparentemente ela estava dopada. A própria professora que trabalhou aqui disse que dopava as crianças. Minha filha estava amarrada em uma cadeira, praticamente dopada. Nós colocamos confiança neles. Conversamos com os pais e as respostas eram sempre as mesmas”. 

Bruno disse que as agressões eram feitas como um ‘castigo’ para a filha. Além disso, ele afirmou que espera justiça. 

“Ela teria beliscado uma criança, foi o que falaram. Logo em seguida, segundo a professora, ela começou a achar ruim o que estavam fazendo e jogaram álcool em gel na boca dela. A professora que trabalhava aqui relatou tudo isso. Ela está afastada e passou essas imagens para mim. Lembro do dia em que minha filha usou aquela roupa da foto e foi recente”, concluiu.

Menina amarrada escola aparece sentada com cabeça encostada na parede
Imagem mostra criança aparentemente sedada e com fita na boca em escola (Foto: arquivo / RICtv)

O que diz a escola?

Em nota publicada nas redes sociais, a diretora da escola afirmou que nunca havia passado por isso anteriormente na instituição. Além disso, afirmou que as providências já estão sendo tomadas. 

“Caras famílias, estamos passando infelizmente por um momento bem desagradável! Na minha ausência, como todos sabem, ainda estou de atestado devido a uma cirurgia grande de quadril, sem ainda locomoção, retornando no próximo mês venho acompanhando diariamente as atividades da escola via home office! Hoje na minha ausência, infelizmente tivemos um acontecimento muito triste em nossa escola o qual eu abomino com todas as minhas forças! Para quem me conhece, sabe o quanto mantemos a integridade da escola, bem como o bem estar das crianças, inclusive promovendo o bem estar a todo momento de cada uma delas! esse tipo de denúncia é grave e séria! o que já estamos tomando todas as providências cabíveis quanto ao ocorrido e às pessoas envolvidas! Inclusive com advogados para esta ação injustificável! nunca havíamos passado por tal situação, o que nos deixa bem tristes e sem palavras! Quero agradecer pelas mensagens de apoio aos que conhecem o meu trabalho e acima de tudo falar o quanto lamento pelo ocorrido!”, disse a nota. 

Menino autista amarrado

Um menino, de quatro anos, diagnosticado com transtorno do espectro autista, foi encontrado amarrado dentro do banheiro de uma escola particular em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), nesta segunda-feira (7).

criança com autismo nível 3, não verbal, estava sentada em uma cadeira, com os punhos amarrados com barbante e com uma cinta na cintura.

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Guilherme Fortunato

Editor

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.