A família só descobriu que ele foi atingido por uma bala após a tomografia. (Foto: Reprodução/Record TV)

Secretaria afirma que Hospital Family não fez solicitação de forma regular

*Do R7

O menino Arthur Bencid, 5 anos, morto vítima de bala perdida nesta segunda-feira (1º), ficou 3 horas e 42 minutos aguardando vaga no SUS com um projétil alojado na cabeça, segundo informações do Hospital Family, que prestou os primeiros atendimentos à criança.

O menino foi baleado na cabeça durante a queima de fogos de virada de ano, na região do Campo Limpo, zona sul de São Paulo. Arthur estava brincando quando a família percebeu ele caindo no chão com um ferimento na cabeça.

Familiares levaram a criança para o Hospital Family, em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo. Por não possuir UTI pediátrica na unidade, o hospital afirma que começou a solicitar vaga para o menino ser transferido.

O processo de transferência, ainda de acordo com o Hospital Family, “foi prolongado devido ao tempo de busca de vaga na rede SUS”. A procura por uma vaga em hospital público com UTI pediátrica teria durado das 1h11 até 4h53.

Arthur foi levado para o Pronto Socorro do Hospital Geral de Pirajussara, em Embu das Artes, na Grande São Paulo, onde morreu na noite de segunda-feira.

Em contato telefônico, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo disse que o Hospital Family não registrou o pedido de vaga de forma correta.

Segundo a assessoria de imprensa da pasta, os pedidos de vagas devem ser registrados na “central de regulação de vagas” e o Hospital Family não teria cumprido este procedimento.

A pasta ainda afirma que quando o Estado teve conhecimento do caso, aceitou a solicitação e autorizou a internação do menino.

O corpo de Arthur já passou pelos exames necroscópicos no IML (Instituto Médico Legal) de Taboão da Serra e aguarda a família para a retirada.

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