Pai e filho andavam pela rua de mãos dadas quando um grupo armado desceu de um carro atirando contra eles. (Foto: Paulo Fischer/ RICTV)

Antes de morrer, o servente de pedreiro pediu para o filho correr, mas o menino também tinha sido atingido

Moradores do bairro Tatuquara, em Curitiba presenciaram uma cena de terror na noite dessa quarta-feira (15). O servente de pedreiro Rogério Portela da Luz, de 32 anos, foi baleado pelo menos sete vezes. Ele estava ao lado do filho de três anos que também foi atingido.

Segundo testemunhas, Rogerio tinha acabado de sair de um comércio. Ele caminhava com o filho João Vitor, pelas mãos, quando, quatro ocupantes de um gol preto desembarcaram do carro e atiraram várias vezes em Rogério.

Antes de morrer, ele conseguiu pedir para o filho correr. Mas João Vitor, que também havia sido atingido, chorava bastante com a cena do pai caído no asfalto. Uma moradora pegou o menino no colo e o colocou em uma cadeira. Foi ela quem ligou para o corpo de Bombeiros.

De acordo com os socorristas, a criança foi atingida pelo disparo em um dos dedos. Só que este mesmo projétil atingiu o peito de João Vitor. Ele foi socorrido em estado grave ao Hospital Evangélico.  A avó da criança, única familiar no local, saiu com a ambulância do Siate.

A bala, que ficou alojada, não teria atingido nenhum órgão de João Vitor. Rogério, conhecido entre os amigos como lobisomen, cuidava do filho desde que se separou. Era constantemente visto pelas ruas do bairro com o menino ao lado.

Segundo a polícia, ele era suspeito de participar de assaltos e também de tráfico de drogas. Por este motivo, a investigação da divisão de homicídios já aponta para um caso de acerto de contas.

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