Segundo os vizinhos, o pai colocou fogo na casa porque o filho teria feito xixi na cama
Os dois irmãos, vítimas de um incêndio na manhã de sábado (16) no bairro Ferraria, em Campo Largo, continuam internados em estado grave na UTI do Hospital Evangélico, em Curitiba. A situação da menina, K.C.F., de 13 anos, é a mais delicada. Ela teve 80% do corpo queimado e a região na cabeça foi a mais atingida. O irmão dela, C.S.S., de 10 anos, teria feito xixi na cama, o que teria irritado o pai, acusado de atear fogo no colchão.
As crianças estão inconscientes e entubadas e, segundo o hospital, correm risco de morte.
O pedreiro João Domingos de Sousa, de 43 anos, pai do menino e padrasto da menina, é suspeito de colocar fogo na casa com a família dentro. Ele foi encaminhado para o Hospital com queimaduras nas mãos. Depois de receber atendimento médico, teve alta e foi imediatamente conduzido para a Delegacia de Campo Largo para prestar depoimento. Os vizinhos acusam Sousa de estar bêbado e ter ateado fogo no colchão onde o filho dormia porquê ele fez xixi na cama. A casa ficou completamente destruída.
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Na delegacia, o homem negou as acusações e disse que o fogo começou por que o fogão explodiu no momento em que ele preparava o café da manhã. “Não tinha motivo nenhum pra eu fazer uma coisa dessas. Eu ia levar esses pra catequese, tava fazendo o café e o fogão explodiu”, disse Souza. O suspeito confirmou ter bebido na noite anterior, mas disse que chegou cedo em casa. Ele continua preso em Campo Largo.
A mãe das crianças, Liliane Soares Fragoso, de 33 anos, também foi encaminhada para o Hospital Evangélico com queimaduras nas mãos, pés e por ter inalado muita fumaça. Ela continua em observação no Hospital Evangélico, mas não corre risco de morte.