A polícia ainda não sabe se a intenção era assaltar a agência ou um cliente. (Foto: Reprodução/RICTV)

Os dois homens usavam o uniforme completo da empresa responsável pela limpeza das ruas da cidade e vigiavam há dois dias o mesmo banco

Dois homens foram presos na tarde desta quarta-feira (20) sob a suspeita de planejar um assalto a uma agência bancária ou a clientes do banco na Avenida Madre Leônia Milito, no bairro Gleba Palhano, em Londrina, no norte do Paraná. Ambos estavam vestidos com roupas de gari como disfarce e armados.  

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Kleberton Grandão Coutinho, de 24 anos, e João Vitor Almeida Costa, de 20 anos, usavam o uniforme completo – inclusive com as vassouras e carrinhos de lixo – de uma empresa terceirizada que é responsável pela limpeza das ruas da cidade.

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A dupla foi vista por dois dias seguidos nas proximidades da agência bancária. O que despertou a desconfiança dos seguranças do banco que acabaram chamando a polícia. Durante a abordagem, eles foram cercados, rendidos e pegos em flagrante com duas armas. “Os dois elementos já se renderam e foi localizada uma pistola Ponto 40 e um revólver calibre 357 carregado”, contou o tenente Glauco, da Polícia Militar.

Os dois foram sarcásticos quando entrevistados pela equipe da RICTV Londrina: negaram que pretendiam praticar um assalto e ainda afirmaram que estavam armados caso alguém tentasse roubá-los. “Nós trabalhamos armados, vai que alguém queira roubar nosso lixo. Estão roubando até lixo”, disse João Vitor.

A Polícia Militar também realizou buscas atrás de um carro que teria saído em alta velocidade assim que percebeu a chegada das viaturas. A PM acredita que o veículo estava no local para auxiliar na hora da fuga dos detidos.

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Reincidência

Kleberton usava uma tornozeleira eletrônica coberta com papel alumínio, na tentativa de impedir o monitoramento do aparelho. Ele havia sido preso em abril deste ano por um roubo a malote no centro da cidade.

João Vitor também possui passagens pela polícia e contra ele estavam abertos dois mandados de prisão. “Isso vai colaborar para a formalização da pena deles, para que eles fiquem guardados no sistema prisional e não sejam mais liberados para ficar em sociedade”, afirmou o tenente.

Em abril de 2017, a mesma agência foi atacada por quatro assaltantes que chegaram a trocar tiros com policiais e fugiram na sequência.

A Polícia Civil irá prosseguir com as investigações.

A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) não quis se manifestar sobre a situação. A Kurika Ambiental, empresa que presta o serviço de varrição e coleta de lixo para a prefeitura de Londrina, informou que nenhum dos presos é funcionário da empresa.  

*Com informações de Sérgio Ribeiro, repórter da RICTV Londrina

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