Na foto,o empresário Antônio Humia Dorrio, responsável pela morte do engenheiro (Foto: reprodução RICTV | RECORD TV)

O caso que envolve a morte do engenheiro Douglas Regis Junkes, morto pelo vizinho após uma discussão por conta do som alto, pode ter uma reviravolta; entenda!

Nesta segunda-feira (14), a defesa do empresário Antônio Humia Dorrio, acusado de matar o vizinho Douglas Regis Junkes durante uma discussão por causa do som alto, protocolou na justiça um  pedido de exumação do corpo da vítima. Segundo a defesa, o objetivo é esclarecer possíveis falhas nas perícias realizadas no local do crime

Relembre: pedido pode causar reviravolta no caso

O caso aconteceu em um domingo, no dia 20 de maio de 2018, no prédio em que os dois homens moravam no bairro Juvevê. Douglas Regis Junkes ouvia música com o som alto em seu apartamento, quando o vizinho, o empresário Antônio, foi até o local armado para pedir que ele diminuísse o volume da música.

Após uma confusão, o jovem engenheiro acabou morto em seu apartamento, e desde então o empresário responde ao processo em liberdade.

De acordo com Adriano Brettas,  advogado da defesa, o pedido pode mudar o curso do processo. “Nós termos aqui uma grande controvérsia pericial que precisa ser dirimida. Nós temos dois laudos nos autos que brigam entre si. Essa contradição é muito importante, afinal de contas existe um tiro na testa de uma pessoa que foi apontado por um instituto, e não foi apontado por outro, que foi apontado por um lado e não foi visualizado, pelo menos aparentemente, por uma fotografia”, explica o advogado.

Importância dos esclarecimentos

Saber quais as partes do corpo foram atingidas pelos tiros faz diferença na caracterização do tipo de crime. Um tiro na cabeça pode caracterizar uma execução e levar uma possível condenação por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Entretanto, caso seja provado que os tiros não foram intencionais, e sim disparados no calor da emoção, no momento da briga, os motivos podem ajudar a tese de legítima defesa.

Para Eduardo de Ávila Martins, assistente de acusação, independente disso, o motivo é fútil. “Se isso é um motivo para o crime, é um motivo então para qualificar ele. Se foi isso. Se olhar a situação: é um domingo, 17h, ninguém mais se incomoda com isso. Algo que poderia ser resolvido de outra forma que não essa”.

Em depoimento, o empresário acusado diz que matou para não morrer. “Eu jamais queria que isso tivesse acontecido, mas eu tava lutando para viver”, afirma.

Audiência durou cerca de duas horas

Na audiência, que durou cerca de duas horas, o empresário Antônio Humia Dorrio chegou visivelmente mais magro e não quis comentar o pedido com a imprensa. No local, três pessoas foram ouvidas, sendo duas como testemunhas e outra como informante.