Pai de criança morta atropelada é condenado a 12 anos por homicídio de grávida

Um homem, de 35 anos, foi condenado nesta quinta-feira (23) a 12 anos de prisão em regime fechado, por conta da morte de uma grávida no dia 19 de junho do ano passado. Segundo a investigação, na ocasião, houve uma briga por causa de som alto no bairro Melissa, em Cascavel, e Délcio, acompanhado do irmão adolescente, foi até a casa da jovem grávida e disparou três vezes contra a vítima.

Laís Jhenifer Marcelino, de 20 anos, não resistiu aos disparos e morreu no local.

Desde o dia do crime Délcio estava preso na Penitenciária Estadual de Cascavel. No último sábado (18), o homem perdeu a filha, de apenas 7 anos, após a menina ser atropelada perto de casa enquanto ia ao bar comprar doce. O motorista que causou o acidente não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Homem é condenado por morte de grávida

O júri do Fórum de Cascavel acatou as duas qualificatórias apresentadas pelo Ministério Público (MP). De acordo com a investigação, Laís Marcelino não teve possibilidade de defesa e ainda foi morta por um motivo fútil. A motivação dos disparos teria sido porque a vítima reclamou que o som da casa de Délcio estava muito alto.

Com a sentença, Délcio permanecerá preso. O homem foi encaminhado do Fórum para a penitenciária, onde está preso há sete meses. Este período deverá ser descontado da pena declarada nesta quinta-feira (23).

A família de Laís considera a pena branda, entretanto, comemora o fato de saber que o homem não será liberado tão cedo. 

A defesa de Délcio alega que o responsável pelos disparos é o irmão do condenado, que tem 17 anos. 

Confira detalhes do júri:

Filha de homem condenado morre atropelada

A criança de 7 anos que morreu após ser atropelada, na noite de sábado (18), em Cascavel, no oeste do Paraná, foi sepultada nesta segunda-feira (20) sob forte comoção.

Imagens de uma câmera de segurança flagraram Maria Eduarda sendo arremessada a cerca de 10 metros após ser atingida pelo veículo. “Ela tava na casa da minha irmã, ela tava subindo pra ir no barzinho comprar doce”, contou a mãe da vítima, que prefere não se identificar.

A investigação da Polícia Civil apontou que a menina estava na pista de rolamento quando o atropelamento aconteceu. Ela chegou a ser socorrida pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), mas não resistiu aos ferimentos.

Durante coletiva de imprensa, realizada nesta segunda-feira, Zamoner fez questão de pontuar que o fato do homem ter sido espancado durante uma tentativa de linchamento, atrapalhou o andamento da investigação, já que não foi possível levá-lo até a delegacia, assim como realizar o teste de bafômetro porque ele estava inconsciente quando a Polícia Militar. “Foi feita a coleta de sangue pelo hospital, então, a gente vai tentar ver se há base biológica suficiente pra conseguir fazer um exame que, eventualmente, aponte a presença de álcool no sangue”.

A polícia também confirmou que o homem não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

O caso é investigado pela Polícia Civil.