O delegado de Sarandi, região metropolitana de Maringá, Adriano Garcia, ficou emocionado ao falar sobre o caso do deficiente visual que foi agredido no último domingo (16). A vítima acusa o agressor de chamá-lo de “preto safado”.
Na participação ao vivo no programa Balanço Geral Maringá, na RIC Record TV, o delegado relatou que no dia da agressão, a vítima só registrou queixa contra as agressões, mas não mencionou as ofensas raciais. “Nós só soubemos ontem por causa da reportagem de vocês que além da agressão covarde, que a vítima sofreu também ofensas raciais. Nesta quinta-feira (20), pela manhã, pedi aos policiais para chamarem a vítima até a delegacia para esclarecimentos”, revelou.
De acordo com o delegado, as palavras ofensivas foram feitas pela esposa do agressor, segundo relato do agredido. “Nós vamos interrogar o casal. Ela por injúria racial, ele por agressão”, comentou. Garcia fez apelo à população para que não tentem fazer justiça com as próprias mãos. “Não se rebaixem a esse tipo de situação covarde. Eles vão responder na lei pelo que fizeram”, desabafou.
Segundo Adriano Garcia, a vítima sofre de incontinência urinária e precisou urinar no local. “O problema é que a moradora passou a ofendê-lo. Foram agressões verbais e físicas, ambas covardes”, expôs o delegado. “Pela cor da pele, me coloco no lugar da vítima”, completou.
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O caso
A agressão aconteceu no domingo (16). O autor usou uma barra de ferro. Imagens de câmeras de segurança registraram as agressões.
Ainda de acordo com familiares ouvidos pela reportagem da RIC Record TV Maringá, o autor das agressões ficou revoltado quando presenciou a vítima urinando no meio da rua, em frente à residência dele, o que também teria revoltado a esposa dele. Isso também será avaliado pelo delegado no caso.