Delegado descarta feminicídio em caso de mulher morta na CIC: “não há indício de crime”

por Guilherme Becker
com informações de Raphael Augustus, da RICtv
Publicado em 16 set 2022, às 08h17.

A equipe de investigação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Paraná (PCPR), revelou na manhã desta sexta-feira (16) que não há indícios de crime no caso da mulher encontrada morta na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). De acordo com o delegado Thiago Teixeira, a mulher estava na cama, sem vida, e não tinha manchas de sangue pela casa.

No primeiro momento, ainda de madrugada, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) solicitou a presença das polícias no local, pois segundo os socorristas, a mulher em óbito tinha hematomas na região do rosto e o companheiro apresentava ferimentos na mão. Entretanto, após perícia da equipe de criminalística, a suspeita de crime foi descartada.

“Encerrado o trabalho da criminalística nos informaram que não há indícios de crime. A princípio não tinha nenhum vestígio de sangue, nada na cama. O corpo da vítima também não apresentava nenhum tipo de lesão. Agora o corpo será encaminhado ao IML para tentar identificar a causa da morte e o companheiro da vítima vai ser ouvido na delegacia”, declarou o delegado Teixeira.

A investigação também contou que não havia manchas de sangue pela residência e a principal suspeita é de morte natural. “A princípio o companheiro relatou que a mulher sentiu dores na região do pescoço, da nuca, e pelas informações iniciais tanto do IML quanto da criminalística, tudo indica que foi uma morte natural. Vamos esperar o laudo do IML”, completou o delegado.

Lesões nos envolvidos

Questionados a respeito dos ferimentos que a equipe médica repassou no início da ocorrência, os profissionais da investigação contaram que o marido declarou ter sido mordido por um cachorro. “Ele falou que o cachorro que mordeu a mão dele. Será encaminhado ao IML para verificar por meio de exame de lesão corporal para saber se é compatível ou não”, explicou Teixeira.

Já em relação aos hematomas no rosto da mulher, a investigação foi enfática: “não tinha nenhuma lesão no rosto”.

O corpo da mulher foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) e o homem será ouvido na sede da DHPP.

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