Neste sábado (22), um delegado matou um labrador de 15 anos em São Luiz Gonzaga, na região das Missões. De acordo com informações divulgadas pelo portal Correio do Povo, o homem alegou que o cão iria atacá-lo.
Delegado mata labrador em São Luiz Gonzaga
O caso aconteceu em plena luz do dia, na rua General Lima, no Centro de São Luiz Gonzaga, quando o delegado saiu para passear com o cachorro de sua filha, da raça shih tzu.
Conforme o que o homem relatou à polícia, ele percebeu que o labrador de uma das casas se aproximava para atacar, e por isso agiu de forma instintiva para preservar sua integridade física. “O cão estava em frente a casa, que tem uma grade baixa, ele saltou, atravessou a rua em alta velocidade, correndo, gritei para que parasse, quando ele chegou perto e senti que começaria o ataque desferi o tiro a curta distância”, detalhou o delegado à polícia.
Além disso, o homem disse que o labrador estava a 10 centímetros de sua perna, abaixado e com a boca aberta.
Proprietária de labrador morto por delegado nega que animal seja agressivo
De acordo com a proprietária do animal, o labrador tinha cerca de 15 anos, e nunca havia atacado ninguém. “Era dócil, sofria com problemas na coluna e tomava medicações“.
A dona do animal registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).
“Foi questão de dois segundos”, afirmou o delegado
Ainda segundo o delegado que matou o labrador, não houve tempo para erguer o shih tzu. “Foi questão de dois segundos. Não consegui recuar dois passos. Nem que eu tivesse morto a proprietária do animal teria dito que ele pudesse atacar. Eu já vi cão mais velho atacar. Alguma coisa desencadeou aquela reação nele”.
Em seguida, logo depois de atirar no animal, o homem relatou que foi até o portão da residência e explicou a proprietária o que tinha acontecido. Ela ficou alterada, então eu disse para ir até a delegacia e registrar. Vamos buscar se há filmagens que mostra o que aconteceu. Não vou discutir com alguém que diz que o animal não atacou. É impossível, não dei um tiro no cachorro que estava na rua. Mas, sim, em um que saltou da cerca e veio.”.
“Eu nem ando armado quando saio de casa”
Por fim, o delegado afirmou que a bocada de um animal pode fraturar uma perna. “Seriam meses de recuperação. Não parei para esperar. O tiro foi a curta distância (..). Foi um ataque, eu nem ando armado quando saio de casa, por um milagre, saí para almoçar, e estava com arma, porque senão eu teria sido atacado”, concluiu o homem.