Os corpos de dois cobradores que estavam desaparecidos em Icaraíma, no noroeste do Paraná, serão sepultados neste domingo (21), em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Rafael Juliano Marascalchi e Robishley Hirnani de Oliveira serão velados já na noite deste sábado (20).

De acordo com as famílias dos homens que estavam desaparecidos em Icaraíma, o início dos velórios está marcado para às 22h na capela do cemitério Jardim da Paz, no município do interior de São Paulo.
“Só temos a agradecer o trabalho da imprensa. Devemos isso a vocês”, disse a esposa de Oliveira.
Morte de cobradores desaparecidos em Icaraíma causa comoção
Amigos também aproveitaram para homenagear os cobradores que estavam desaparecidos em Icaraíma. Muitas postagens emocionantes foram feitas para Alencar Gonçalves de Souza, Rafael, Robishley e Diego Henrique Afonso.
“É difícil aceitar a partida de alguém tão especial. Fica um vazio, uma saudade que aperta o peito. Mas, acima de tudo, fica o amor que você deixou em cada gesto, cada sorriso e cada momento vivido ao nosso lado. Sua presença marcou nossas vidas de um jeito único, bonito e inesquecível. A lembrança do que vivemos juntos vai ser sempre o nosso abrigo. Descanse em paz, meu primo!”, disse a prima de Diego.
Além disso, alguns amigos se referiram aos homens que estavam desaparecidos em Icaraíma como pessoas de coração bom, que serão lembrados para sempre.
“Você era grandão, mas de coração mole. Ainda não consigo acreditar”, disse um amigo de Rafael.
Relembre o caso
Alencar, Diego, Rafael e Robishley desapareceram no dia 5 de agosto, em Icaraíma, no noroeste do Paraná. Os quatro se encontraram para cobrar uma dívida e não deram mais notícias.

De acordo com as investigações, Alencar que é morador do município paranaense, comprou uma propriedade de Carlos Henrique Buscariollo. Ele teria dado uma entrada de R$ 255 mil e tentaria financiar o restante do valor. A negociação total poderia bater a casa de R$ 1 milhão.
Contudo, segundo o advogado de Buscariollo, o produtor rural não conseguiu aprovação do restante do valor e a venda não foi concluída. Com isso, o terreno teria voltado à posse de Carlos Henrique. A negociação teria sido intermediada por Paulo Ricardo e Antônio Buscariollo, que são considerados foragidos da Justiça.
Alencar de Souza então teria cobrado o valor dado de entrada aos Buscariollos, que alegaram que não tinham a quantia. Contudo, o valor seria pago em 10 parcelas de R$ 25 mil. O Grupo Ric teve acesso às notas promissórias, que estariam no nome de Carlos Eduardo Buscariollo, irmão de Paulo, e Carlos Henrique, filho de Antônio.
Com o atraso das parcelas, Alencar contratou, segundo os seus representantes, através de uma indicação de um amigo, os serviços de cobrança dos outros três desaparecidos de Icaraíma. Diego, Rafael e Robishley saíram do interior de São Paulo no dia 4 de agosto e foram até o pequeno município paranaense para realizar a cobrança.
Conforme o relato das famílias, eles tinham experiência e já trabalhavam com cobrança há alguns anos. Porém, no dia 5 de agosto, eles não retornaram as mensagens dos familiares e não deram mais notícias.
Segundo o delegado da Polícia Civil do Paraná, Gabriel Meneses, houve um encontro entre os Buscariollos e os quatro que estavam desaparecidos já no dia 4 de agosto. O advogado de Alencar afirma que os homens que eles encontraram foram Paulo e Antônio.
“Houve realmente um encontro com a família Buscariollo na segunda-feira. Eles ficaram de se encontrar no sítio dos Buscariolo para a tratativa final, no dia 5 de agosto. Na terça-feira, às 8 da manhã, Diego, Rafael e Robsley passaram na casa do Alencar e foram juntos encontrar o Antônio e Paulo Buscariollo”, revelou Éder Cordeiro de Azevedo.
Desaparecidos em Icaraíma são encontrados mortos
Os corpos dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma, no noroeste do Paraná, foram encontrados na madrugada desta sexta-feira (19). As vítimas foram encontradas a aproximadamente 500 metros de onde foi localizada a Fiat Toro, nas proximidades da Mata do Tenente.

Segundo o delegado Thiago Andrade, da Polícia Civil do Paraná (PCPR), as equipes começaram as buscas escavando o local com um maquinário.
“Olhamos todos os pontos possíveis. Esse serviço durou o dia inteiro e se estendeu pela noite também. Nós encontramos um ponto que tinha algumas plantas que estavam ali para encobrir os corpos que estavam enterrados. Desconfiamos e começamos a cavar”.
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