As famílias dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma, no noroeste do Paraná, criaram uma página para ajudar a encontrar Rafael Juliano Marascalchi, Alencar Gonçalves de Souza, Robishley Hirnani de Oliveira e Diego Henrique Afonso. Eles sumiram após cobrar uma dívida milionária referente a negociação de umas terras.

Na página, os familiares imploram por ajuda por informações, tanto dos desaparecidos em Icaraíma, quanto em relação ao paradeiro de Antônio e Paulo Buscariollo, que foram apontados pela Polícia Civil do Paraná como autores de uma emboscada para os quatro. Pai e filho continuam foragidos.
“Por favor ajude a nossas famílias a encontrar nossos maridos, nossos filhos, nossos pais e nossos avós, por favor”, descreveu a legenda da publicação.
Desaparecidos em Icaraíma: como andam as investigações
De acordo com o delegado Gabriel Meneses, ainda não há novidades em relação às investigações. Além disso, o delegado informou que imagens de câmera de segurança estão sendo analisadas e que a investigação está sob sigilo.
“Não há informações sobre o paradeiro dos suspeitos. Quanto ao envolvimento do suspeito em outro homicídio, desconheço essa informação. As câmeras da propriedade dos suspeitos estão sob análise. O conteúdo não pode ser divulgado no momento, pois as investigações estão sob sigilo”, informou.
Conforme o delegado, as informações de que os suspeitos passaram em uma balsa para o Mato Grosso do Sul não são oficiais. Do mesmo modo, não é verdadeira a informação de que eles foram baleados dentro do carro apreendido no início das investigações.
“Há indícios de que o automóvel estava em funcionamento sim após o crime. Além de toda a complexidade inerente a essa situação, temos padecido dia após dia com uma série de fake news envolvendo o caso”, concluiu Meneses.
Famílias cobram respostas
Três semanas depois, as buscas pelos quatro homens desaparecidos na região de Icaraíma, no noroeste do Paraná, continuam repercutindo em todo Brasil. A esposa de um dos cobradores quebrou o silêncio e falou pela primeira vez sobre o caso.

“Agora estamos em São Paulo, em segurança. Não adianta escondermos os rostos, como se eles não tivessem família e fossem uns desaparecidos qualquer. São 15 dias sem resposta. Não recebemos nada até agora, só que está em investigação e em sigilo”, disse a mulher.
Além disso, a mulher questionou também as buscas pelos Buscariollos, que são considerados foragidos e ainda não foram encontrados pela polícia. A esposa de um dos cobradores disse que até o momento não teve ajuda do estado.
“Queremos resposta. Eu tenho esperança de encontrá-lo com vida. Enquanto não tem vestígios, há esperança”, concluiu a mulher.

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