O desaparecimento de quatro homens em Icaraíma, no noroeste do Paraná, completou um mês nesta sexta-feira (5). Alencar Gonçalves de Souza, Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso desapareceram no dia 5 de agosto deste ano e as famílias seguem em busca de respostas. 

Esposa ainda tem esperança de encontrar os desaparecidos em Icaraíma
Famílias mantém esperança de encontrá-los com vida (Foto: arquivo pessoal)

Nas redes sociais, a esposa de Rafael compartilhou uma mensagem emocionante para o marido. “Eu prefiro passar uma vida com você do que enfrentar uma eternidade sozinha”. Ela concluiu o post com uma legenda: “Lutarei até o fim por nós”, disse a mulher. 

Além disso, a esposa de um outro dos cobradores desaparecidos em Icaraíma contou ao Portal Ric que as famílias continuam sem respostas com as autoridades. 

“Das autoridades nem um bom dia. Sentimos com toda certeza que a omissão é grande”, revelou. 

A mulher contou também que neste sábado (6) um dos dois filhos do casal está de aniversário. Os dois têm filhos pequenos, um de oito meses e outro de 8 anos. 

O que diz a Polícia Civil? 

Ao ser questionado sobre as investigações, o delegado Gabriel Meneses, da Polícia Civil do Paraná, informou que o posicionamento da polícia segue o mesmo desta quinta-feira (4), de que os investigadores conseguiram novos indícios, mas que o caso segue sob sigilo. 

Apenas destacando que as investigações avançaram e houve coleta de novos indícios. Quando digo que não há atualizações é em relação a possibilidade de divulgação. 

Conforme esclarecido em outros momentos, a investigação está sob sigilo. Assim, não podemos divulgar os resultados das diligências em andamento, mas os trabalhos seguem avançando sim”, concluiu Meneses.

O que se sabe sobre o caso dos desaparecidos em Icaraíma 

Diego saiu de Olímpia, no interior do estado de São Paulo, junto aos amigos Rafael e Robishley, moradores de São José do Rio Preto (SP), para tentar receber cerca de R$ 250 mil referentes à negociação de uma propriedade rural. 

O grupo viajou no dia 4 de agosto e chegou à cidade paranaense no fim da tarde. Lá, eles teriam se encontrado com Alencar. 

“Eles se encontraram com o Alencar na segunda-feira e foram até uma propriedade rural para fazer essa cobrança. Eles fizeram o primeiro contato com o devedor e ficou combinado um retorno no dia seguinte. Mas por volta das 12h da terça-feira (5), ninguém conseguiu mais contato com eles”, explicou na época o delegado Gabriel Meneses.

Polícia identifica suspeitos 

A Polícia Civil está à procura de Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, pai e filho suspeitos de armar uma emboscada para os quatro desaparecidos. Segundo o delegado, os dois são os homens que foram ouvidos no dia 6 de agosto. 

“Naquele momento eles falaram que não tinha relação com a dívida, mas sim outros familiares. Eles foram liberados e esses familiares não foram encontrados. A princípio, acreditamos que os quatro desaparecidos foram cobrar essa dívida e foram vítimas de uma emboscada. O mandado de prisão temporária deles foi expedido contra Antônio e o Paulo”, explicou.

Além disso, a polícia paranaense descobriu que Antônio tem antecedentes criminais por porte ilegal de arma de fogo. Já Paulo não tinha histórico de crimes. 

Famílias oferecem R$ 50 mil por pistas de quatro desaparecidos em Icaraíma

Os familiares dos cobradores desaparecidos em Icaraíma, no noroeste do Paraná, ofereceram uma recompensa para quem encontrar Alencar Gonçalves de Souza, Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso.

De acordo com a família, a recompensa é no valor de R$ 50 mil. A esposa de um dos desaparecidos em Icaraíma relatou ao Portal RIC que o valor será pago pela família de dois dos cobradores, em apoio com o advogado. “A polícia se calou, mas nós não”, disse a mulher.

Além disso, outra esposa de um dos cobradores contou que a família é quem tem ido atrás de respostas, mas que nenhuma novidade apareceu nas investigações. “Só aparecem novidades quando nós familiares conseguimos algo”, disse a outra mulher.

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Guilherme Fortunato

Editor

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.