O desaparecimento de quatro homens em Icaraíma, na região noroeste do Paraná, segue repercutindo em todo Brasil. Nesta quarta-feira (27), as buscas completam três semanas, mas ainda não há notícias sobre Rafael Juliano Marascalchi, Alencar Gonçalves de Souza, Robishley Hirnani de Oliveira e Diego Henrique Afonso. Eles sumiram após cobrar uma dívida milionária referente a negociação de umas terras.

Em entrevista para a RECORDTV, a mãe de Diego disse que aguarda há mais de 20 dias o retorno do filho e que chegou a sonhar com ele voltando para casa.
“Essa noite eu sonhei com ele, que ele chegou com a caminhonete macetada.”, desabafou a mãe.
Diego Henrique saiu de Olímpia, no interior de São Paulo, com os amigos Rafael Juliano e Robsley Hernani, moradores de São José do Rio Preto, para tentar receber cerca de R$ 250 mil referentes à compra de uma propriedade rural.
O grupo viajou no dia 4 de agosto e chegou à cidade paranaense no fim da tarde. Lá, se encontraram com Alencar Gonçalves de Souza, o vendedor do imóvel. Desde então, os quatro não foram mais vistos.
Desaparecidos em Icaraíma: pai disse para filho tomar cuidado
Na noite anterior ao desaparecimento, Diego falou ao telefone com o pai e relatou que os devedores estavam armados.
“Eu vi o velho com o 38 pendurado. Falei pro Diego tomar cuidado com isso aí”, contou o pai.
No dia 5 de agosto, o grupo teria ido novamente até a propriedade rural em busca de acordo. Depois disso, familiares e a polícia perderam totalmente o contato.
A Polícia Civil do Paraná realizou buscas na região e a Justiça decretou a prisão temporária de pai e filho, apontados como compradores da propriedade rural. Antônio e Paulo Buscariollo estão foragidos.
Familiares, porém, afirmam que não têm recebido informações sobre o andamento das investigações.
“Estamos completando 21 dias e ninguém teve acesso a câmeras, nem da rodovia, nem do pesqueiro. Passamos informações ao delegado e fomos ignorados”, relatou um dos parentes.
Durante buscas, a esposa de uma das vítimas encontrou o carro dos suspeitos abandonado em um sítio da família investigada. O veículo foi apreendido.

Dor das famílias
A incerteza está marcando a rotina dos familiares dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma. Apesar disso, os parentes revelam que não vão descansar.
“Fiquei no Paraná por sete dias e a impressão é de que não estão fazendo nada. Querem nos vencer pelo cansaço, mas não vamos calar. Vamos até o fim”, disse um familiar.
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