O advogado Renan Farah, representante de Paulo e Antônio Buscariollo, pai e filho foragidos no caso dos desaparecidos em Icaraíma, no noroeste do Paraná, disse que conversa com o intermediador como se estivesse usando o chat GPT. Esse homem seria a ponte dele com os clientes. 

Pai e filho foragidos pelo caso dos desaparecidos em Icaraíma usam intermediador
Advogado diz que usa esse intermediador para falar com os suspeitos (Foto: arquivo pessoal)

De acordo com Farah, ele encaminha as perguntas sobre as investigações para esse homem e ele retorna com as respostas dos Buscariollo. Contudo, o representante da família não informou como essa conversa é feita. 

“Tem um intermediador, que eu mando perguntas. ‘Oh, encontrou um carro tal. O que significa? De quem era esse carro? Então a resposta vem. Parece que estou falando com o GPT. Mando a pergunta e ganho a resposta daquilo especificamente”, explicou o advogado. 

O representante explicou também que o veículo que foi apreendido no último sábado (13), que estaria com a placa adulterada e que teria envolvimento com pai e filho foragidos, pertence a um homem que chegou a negociar com os Buscariollo. 

O carro pertence a um homem que presta serviços para a prefeitura. Eles chegaram a fazer negociação para ficar com esse carro, passando um outro veículo como pagamento. Acho que mais algum valor. Esse carro apresentou problemas mecânicos e eles devolveram no dia 4 de agosto. Quando o carro foi encontrado já estava com o proprietário antigo”, disse.

Relembre o caso dos desaparecidos em Icaraíma

Alencar Gonçalves de Souza, Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso desapareceram após cobrar uma dívida referente a venda de uma propriedade rural. 

Montagem com foto dos quatro desaparecidos de Icaraíma
Três rapazes viajaram de São Paulo para Icaraíma em uma Fiat Toro; após encontro com outro morador do Paraná os quatro desapareceram (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Diego saiu de Olímpia, no interior do estado de São Paulo, junto aos amigos Rafael e Robishley, moradores de São José do Rio Preto (SP), para tentar receber cerca de R$ 250 mil referentes à negociação. 

O grupo viajou no dia 4 de agosto e chegou à cidade paranaense no fim da tarde. Lá, eles teriam se encontrado com Alencar. 

“Eles se encontraram com o Alencar na segunda-feira e foram até uma propriedade rural para fazer essa cobrança. Eles fizeram o primeiro contato com o devedor e ficou combinado um retorno no dia seguinte. Mas por volta das 12h da terça-feira (5), ninguém conseguiu mais contato com eles”, explicou na época o delegado Gabriel Meneses.

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Guilherme Fortunato

Editor

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.