O advogado Renan Farah, representante de Paulo Ricardo Buscariollo e Antônio Buscariollo, afirmou que a defesa dos foragidos está satisfeita com o caminhar das investigações da morte dos cobradores desaparecidos em Icaraíma, no noroeste do Paraná. A fala do advogado vem depois que a declaração de óbito das vítimas foi divulgada.

Ao Portal Ric, Farah voltou a dizer que os clientes não estavam em Icaraíma quando tudo isso aconteceu. O advogado reforçou que os laudos demonstram que houve traumatismo antes de os corpos serem enterrados e que ajudam na tese de que os Buscariollos não estavam em Icaraíma.
“Veja, já se falou lá atrás que as vítimas tinham sido alvejadas a tiros de frente na Fiat Touro. E agora o laudo do corpo está demonstrando que houve traumatismos antes. Então, necessariamente houve uma certa tortura, um cárcere e depois a morte, e depois enterraram eles. Veja por que eu estou satisfeito com isso, né? Não sou nenhum cara mórbido ou sádico. A questão é que os meus clientes não estavam em Icaraíma quando tudo isso aconteceu. Eles já tinham saído de lá, eles já tinham prestado depoimento em delegacia, já tinham sofrido as ameaças e por isso fugiram”, disse Farah.
Além disso, o advogado falou que os verdadeiros autores da morte dos desaparecidos em Icaraíma ficaram na cidade.
“A investigação está caminhando cada vez mais para demonstrar a negativa de autoria, ou seja, o crime existiu, lamentavelmente existiu, mas não foram os Buscariollos. E é isso que a defesa vem provar, vai ter êxito até o final deste processo”, finalizou.
Declaração de óbito aponta causa das mortes de cobradores desaparecidos em Icaraíma
A declaração de óbito aponta três formas de como três dos quatro homens que estavam desaparecidos em Icaraíma, no noroeste do Paraná, foram mortos. Os corpos foram encontrados enterrados na última sexta-feira (19) e o documento aponta que as vítimas podem ter sido torturadas.
O documento obtido pelo Portal Ric indica que Alencar Gonçalves de Souza, Rafael Juliano Marascalchi, Robishley Hirnani de Oliveira e Diego Henrique Afonso, que estavam desaparecidos em Icaraíma, foram mortos por traumatismo cranioencefálico, politraumatismo e ferimentos de arma de fogo.

Pai e filho continuam foragidos
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) considera Antônio Buscariollo e Paulo Buscariollo foragidos por homicídio no caso dos desaparecidos de Icaraíma. Segundo o delegado Gabriel Meneses, pai e filho prestaram depoimento um dia após o desaparecimento das quatro vítimas.
“Naquele momento eles falaram que não tinha relação com a dívida, mas sim outros familiares. Eles foram liberados e esses familiares não foram encontrados. A princípio, acreditamos que os quatro desaparecidos foram cobrar essa dívida e foram vítimas de uma emboscada. O mandado de prisão temporária deles foi expedido contra Antônio e o Paulo”, explicou na época o delegado.
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