A jovem curitibana Amanda Alves Moreira está presa no Centro Penitenciário de Fleury-Mérogis, localizado a cerca de 30 quilômetros de Paris. Considerado o maior presídio da Europa, o local é conhecido por superlotação, regras rígidas para contato com familiares e diversas restrições para os detentos.

Como é o centro penitenciário onde está Amanda?
Inaugurado em 1968, Fleury-Mérogis tem capacidade para 2,8 mil presos, mas já chegou a abrigar mais de 4 mil, segundo dados recentes do governo francês. O complexo ocupa 170 mil metros quadrados e é administrado pelo Ministério da Justiça da França.
De acordo com informações do site Banda B, as condições de comunicação são restritas: cada preso recebe cerca de 30 euros por mês, em torno de R$ 184, para despesas básicas, como produtos de higiene e telefonemas. Para conseguir falar com a família, é necessário comprar créditos telefônicos e ter autorização das autoridades. O primeiro contato, segundo o Consulado-Geral do Brasil em Paris, pode demorar semanas.
Enquanto não pode fazer ligações, Amanda pode receber cartas enviadas diretamente ao presídio. O documento enviado pelo consulado à família, informa ainda que a jovem, que atuava como acompanhante de luxo, aguarda julgamento por um crime ainda não especificado.
As regras são rígidas
Apesar das limitações, Fleury-Mérogis oferece acesso a advogados designados pelo Estado francês, conhecidos como advogados dativos, além de orientação jurídica gratuita por meio do Point d’Accès au Droit, um serviço de apoio legal dentro do presídio.
Os detentos também podem participar de atividades educativas e culturais, como cursos de francês, esportes e oficinas de reinserção social, que buscam preparar os presos para a vida fora do sistema penitenciário.
Com regras rígidas e estrutura voltada para o controle de milhares de detentos, Fleury-Mérogis simboliza o desafio do sistema carcerário francês: equilibrar segurança, superlotação e direitos humanos dentro de um dos complexos prisionais mais vigiados da Europa.
Entenda o caso de Amanda Alves
Amanda estava desaparecida desde o dia 24 de outubro. Antes de perder o contato com a família, ela havia enviado à mãe uma localização de Campo Grande (MS) e a foto de um passaporte, o que levantou suspeitas de que estivesse viajando. A jovem saiu de Curitiba (PR) com uma mala rosa, mas imagens registradas em Guarulhos (SP) mostraram que ela apareceu deixando um hostel com uma mala preta, antes de embarcar em um carro e desaparecer.
A família chegou a registrar boletins de ocorrência em Curitiba e em São Paulo. Segundo uma amiga, Amanda teria sido aliciada por um homem que prometeu custear passaporte, passagens e hospedagem de cinco dias na Europa.
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