A rebelião na Penitenciária de Cruzeiro do Oeste (Peco), no noroeste do Estado, teve início por volta das 15h desta quarta-feira (10), quando detentos renderam um agende carcerário durante banho de sol e o fizeram refém. Segundo a Polícia Militar (PM), os presidiários já ocupam o terraço da unidade. Nos últimos três meses, o Paraná registou pelo menos mais seis rebeliões no Estado.
De acordo com informações da Secretaria Estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), 71 detentos estão rebelados. Inicialmente foi anunciado que 120 presos participavam do motim, mas o número foi corrigido às 18h30. A secretaria informou que a unidade prisional tem 1.108 vagas, e atualmente abriga 844 presos.
Depois da rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), encerrada no dia 26 de agosto, depois de 45 horas, 124 presos foram transferidos para a Penitenciária de Cruzeiro do Oeste, segundo informações da Seju, que afirma ainda, que alguns destes detentos transferidos estão entre os rebelados. Eles pedem a presença de um juiz para negociar o retorno para Cascavel. O promotor de Justiça de Cruzeiro do Oeste acompanha as negociações na penitenciária.
Histórico
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De julho até agora, a rebelião em Cruzeiro do Oeste é a sétima registrada no Estado. No último fim domingo (07), um motim na cadeia pública de Guarapuava, na região central do Paraná, foi encerrado depois de 9 horas. Segundo a Secretaria da Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Seju), três agentes carcerários foram feitos reféns.
No dia 24 de agosto, os detentos de Cascavel fizeram dois agentes reféns, durante o café da manhã, e deram início à rebelião mais sangrenta do Paraná. O motim durou 45 horas e cinco presos foram mortos, dois deles decapitados.
A Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu I (PEF I) foi palco de duas rebeliões em menos de um mês. No dia 19 de agosto, quatro agentes foram feitos reféns, e no dia 22 de julho, outros dois agentes ficaram sob ameaças de detentos durante negociações. Neste mesmo dia, nove presos do Bloco 01 da Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II) renderam um agente penitenciário. Uma semana antes a PEP II já havia registrado outra rebelião, no dia 16 de julho.
Confira reportagem exibida no Cidade Alerta Paraná desta quarta-feira:
