Dois suspeitos do homicídio contra Alexandre Castro Cruz, 47 anos, ocorrido em Campo Largo, no mês de julho, foram presos pela Polícia Civil nesta segunda-feira (18). Com isto, todos os três suspeitos do crime estão atrás das grades: João Vitor Camargo Ribeiro Batista, o “Polenta”, de 20 anos, que se entregou no dia 7 de outubro, além de Felipe de Souza, 26 anos, e Jean Carlos da Silva, 21 anos, presos nesta segunda-feira. O motivo do crime ainda não está claro, se foi um latrocínio (roubo com morte) ou teve algum motivo pessoal entre vítima e assassinos.

Alexandre chegou a ser dado como desaparecido, até que dias depois foi encontrado morto num lago do parque Newton Puppi, em Campo Largo, com 40 facadas. Logo a polícia conseguiu imagens de câmeras de segurança, que mostrava a vítima andando com três outros homens, momentos antes do crime. João Vitor foi o primeiro a ser preso e apontou à polícia quem eram seus comparsas.

“Polenta” foi a pessoa que levou uma faca de açougueiro na mochila e disse ao delegado Haroldo Davison que, inicialmente, a intenção era apenas assaltar a vítima. Mas, como estavam muito drogados e bêbados e se desentenderam, acabaram matando a vítima e levando o par de tênis. Ainda afirmou que quem deu as facadas na vítima foram Felipe e Jean.

Prisões

Nesta segunda-feira, com a prisão de Felipe e Jean, a versão dada à polícia por um dos presos foi diferente. Felipe alegou que, primeiramente, atraiu Alexandre até o parque para que o trio o assaltasse. Lá, Jean deu uma gravata na vítima e foi “Polenta” quem desferiu os golpes. Quando “Polenta” cansou de tanto golpear, entregou a faca a Jean, que terminou de matar a vítima com mais alguns golpes. Felipe alega que ficou de longe, tentando convencer os amigos a não cometer o crime. Mas todos estavam tão bêbados e drogados que ele não conseguiu.

Jean ainda não foi ouvido. Será interrogado nesta terça-feira (19), quando o delegado irá confrontar os três depoimentos e buscar a verdade.

Mataram por quê?

O motivo do crime ainda não está bem claro para o delegado Haroldo Davison, que mostra que a vítima foi morta com muitas facadas, para tratar-se só de um roubo em que os supostos ladrões levaram apenas um par de tênis. Assim, ele vai investigar o que “Polenta” disse ao ser preso, em 7 de outubro, sobre um relacionamento sexual que teve com Alexandre. O delegado acredita em motivação pessoal para o assassinato.

Assista a esta reportagem no Cidade Alerta Paraná:

https://youtu.be/d3OCVq94CBE?t=1563