O cabeleireiro foi morto no centro de Curitiba. (Foto: Reprodução/RICTV)

O cabeleireiro morto em Curitiba foi encontrado enrolado em um cobertor dentro de um guarda-roupas no seu próprio apartamento; um homem está foragido

Duas pessoas foram presas suspeitas pelo assassinato do cabeleireiro José Carlos de Oliveira Mota, de 57 anos, ocorrido no início da tarde da quarta-feira (3). Seu corpo foi encontrado com os pés e as mãos amarradas dentro de um guarda-roupas no seu próprio apartamento no centro de Curitiba. Um terceiro envolvido permanece foragido.

Confessou o assassinato do cabeleireiro 

Douglas Faria da Rosa, de 26 anos, foragido da Justiça de Santa Catarina confessou o crime. O rapaz já possui passagens por furto e roubo e contou em detalhes como cometeu o crime. “Eu fui no apartamento dele. Ele me chamou e tal, nós tava na cama dele, aí ele falou: ‘Pô, cara, vai vir um casal daqui a pouco. Você quer curtir com os dois? Aí eu falei, demorô, pode chamar. Ai tá, rolou aquilo tudo lá no quarto. A gente fez uma negociação entre nós, uns acertos. Aí, ele foi dormir e eu peguei o celular dele e abri uma mensagem. Tinha umas mensagens lá, meio estranha, complicada. Eu não gostei daquelas mensagens. Eu me senti ameaçado”, disse à equipe da RICTV Curitiba.

Magali de Oliveira, de 35 anos, foi presa por suspeita de participação. A mulher, que não possui passagens pela polícia, afirma que esteve no apartamento após a morte de José Carlos e foi até o local para fazer um programa. “Eu não sabia de nada. Eu para mim, ele falou que era um refém, que ele tinha feito refém, não que tinha matado. Depois, assim que ele falou, eu peguei as coisas e fui embora”, falou.

Investigações

Segundo as investigações da polícia, após matar a vítima, Douglas enrolou o corpo em um cobertor, escondeu no guarda-roupas e chamou algumas pessoas para vender os objetos pessoais de José Carlos.  Por volta das 16h, vizinhos do apartamento ouviram gritos e chamaram a polícia. Os berros teriam sido dados por uma ‘compradora’ que quando se deparou com o cadáver entrou em desespero. Na sequência, policiais foram até o apartamento e localizaram o cabeleireiro morto com os pés e as mãos amarradas, e pequenas lesões na região da cabeça e dorso. Para a DHPP, a possível causa do óbito foi asfixia mecânica, mas exames deverão confirmar a causa mortis. 

O suspeito foi identificado depois que uma testemunha informou à polícia que foi até a residência de José horas antes do assassinato e encontrou com o rapaz. Ainda durante a tarde de quarta(4), o suspeito ligou para essa testemunha e marcou um encontro nas escadarias da Universidade Federal do Paraná (UFPR) por volta das 23h. No entanto, quem compareceu ao local foram os agentes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Ele foi preso em flagrante com uma mochila e algumas roupas da vítima.

Na madrugada de quinta-feira (5), os investigadores tiveram acesso a imagens de câmeras de segurança que apontavam que outras duas pessoas estariam envolvidas. Nelas é possível ver Douglas e Magali caminhando pela rua de mãos dadas e carregando sacolas com objetos de José Carlos. O terceiro suspeito também segura nas mãos produtos do roubo. Ele está foragido e foi identificado como Márcio Fogaça da Silva, de 35 anos. Também conhecido por ‘pulga’ o homem tem passagens na polícia por tráfico de drogas e furto.   

Os suspeitos foram vistos com objetos da vítima. (Foto: Reprodução/RICTV)

Para o delegado Luiz Alberto Cartaxo, da DHPP, basta prender Márcio que o assassinato do cabeleireiro estará resolvido. “O cabeleireiro foi morto pelo agente Douglas e, acompanhado pelo casal, no sentido de subtrair os objetos do apartamento. […] Não resta dúvidas do enquadramento por latrocínio”, explicou à RICTV Curitiba.

Assista à reportagem completa:

Lúcio André, repórter da RICTV Curitiba, conta todo os detalhes.