Dona de rede de óticas é presa; 100 mil óculos falsos foram apreendidos
Uma empresária foi presa, na manhã desta terça-feira (07), suspeita de chefiar um esquema criminoso. De acordo com a Polícia Civil, ela é dona de uma rede composta por nove óticas localizadas em Curitiba e Região Metropolitana como: Almirante Tamandaré, Fazenda Rio Grande, Colombo e São José dos Pinhais, e aplicava golpes em idosos através de falsas consultas e receitas. A polícia apreendeu 100 mil óculos irregulares.
A operação para combater crimes contra o consumidor foi realizada pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), com apoio do Procon, da Associação Brasileira de Combate à Falsificação e da Secretaria de Urbanismo. Ao todo foram expedidos 26 ordens judiciais, sendo nove mandados de prisão e 17 de busca e apreensão, contra a organização criminosa.
A PCPR também apreendeu no apartamento da empresária, localizado no bairro Batel, em Curitiba, carros modelo BMW e uma Mercedes. Além dos veículos de luxo, ela ostentava viagens internacionais.
Como funcionava o golpe
De acordo com a reportagem do Balanço Geral, a mulher contratava funcionários para abordar pessoas, principalmente idosos que passavam pela Rua XV de Novembro, no Centro de Curitiba. As vítimas eram orientadas a fazer exame de visão, realizado por um optometrista, um técnico que não possui os mesmos conhecimentos de um oftalmologista.
“Como as vítimas eram idosas, essas pessoas iam, buscavam, coagiam, conversavam e já levavam nesse optometrista, já fazia uma consulta e ia até a loja. A gente tem relato de vítimas que eles pegavam para ver se tinha saldo e passava o cartão da vítima em um valor acima do óculos”,
disse o delegado Cássio Conceição.
De acordo com o delegado, foram achados óculos que estavam prontos para serem vendidos mesmo fora dos padrões. A delegacia do consumidor recebeu 27 pessoas que prestaram queixas contra as óticas.
“Muitas vezes eles fizeram essas lentes de forma irregular, que não atendia esses idosos, eles iam trabalhar e acabavam ficando sem o produto e sem o dinheiro”,
relatou o delegado Cássio Conceição.
A PCPR identificou os criminosos e os detalhes da ação da organização criminosa após oito meses de investigações de alta complexidade. Entre os crimes investigados estão estelionato, indução do consumidor a erro e crimes contra a saúde pública.