Uma fatalidade tirou a vida de Rogério Xavier Oliveira, de 35 anos, na madrugada desta quinta-feira (3), em uma oficina no bairro Umbará, em Curitiba. Enquanto acompanhava a manutenção de um veículo, uma peça se desprendeu do automóvel e atingiu seu rosto. Nesta sexta-feira (4) o proprietário do local conversou com exclusividade com o repórter Maurício Freire, da RIC.
O homem, que não quis ter a identidade revelada, contou que é comum outras oficinas encaminharem veículos para realizarem testes no dinamômetro, como o que era realizado no momento do acidente. Entretanto, o proprietário revelou que sempre orienta para que as pessoas se afastem e, Rogério Xavier, já havia participado de outros testes como este.

“A vítima foi alertada”, conta o dono da oficina
O proprietário esclareceu que Roger, como a vítima era chamada, não era mecânico e estava apenas acompanhando os trabalhos na oficina. Segundo o homem, Rogério era operador de máquina, porém, apaixonado por veículos e velocidade. No momento do acidente, o carro que estava sendo testado havia sido encaminhado de outra oficina e não era um veículo preparado para arrancadas.
“Na verdade nós conferimos apenas os pneus, é obrigatório que o pneu esteja novo. E a questão de manutenção do carro é de responsabilidade das oficinas que preparam”, destaca o dono do local.
O dinamômetro é uma máquina que testa a potência do motor dos veículos. Como não é comum a existência deste aparelho, diversos mecânicos da região levam os carros até esta oficina. “O fabricante aconselha que não fique perto. Eu sempre falo para o pessoal tomar certa distância. Ali foi uma fatalidade. Eu não vi o rapaz indo para lá, eu estava virado de costas, dando o enter no equipamento. O fabricante não exige nenhuma proteção. Tem que ser em um lugar arejado, até por questão da temperatura do motor”, contou o dono.
No momento do acidente, o proprietário disse que estava comandando a máquina e não viu o instante da explosão. “Eu iniciei o teste e o preparador, que estava dentro do carro, acelerou, como se faz normalmente. Em seguida eu já escutei a explosão, quando eu vi a explosão já me assustei. Vi o rapaz caído no chão e corri para ver, não tinha nem visto quem era”, relatou o homem, que ainda afirmou que Roger conhecia o perigo, “a vítima foi alertada e não foi a primeira vez que ele estava lá, já tinha visto outros testes no dinamômetro”.
Confira a entrevista completa com o dono da oficina:
Mecânico que acelerou era amigo de infância
A explosão ocorreu durante a aceleração de um veículo em teste no dinamômetro. O mecânico que estava dentro do veículo era amigo de infância de Rogério. “Todo mundo entrou em desespero, porque eram todos amigos”, conta o dono da oficina.
O proprietário do local permanece bastante abalado, pois além de tudo, também era amigo da vítima, “a gente viajava junto para ver campeonatos”.