A Polícia Civil do Paraná realizou, na manhã desta terça-feira (31), buscas para tentar localizar a arma usada para matar Jaqueline Aparecida Duarte dos Santos, a mulher assassinada pelo genro, Lauriano dos Santos Souza. As diligências foram feitas em uma ponte na BR-116, no caminho de Curitiba para São Paulo, onde o suspeito alega que jogou o revólver. Após contradições no relato de Lauriano e uma varredura intensa por parte de policiais e bombeiros, a arma não foi encontrada.
A delegada responsável pelo caso, Vanessa Alice, da Delegacia da Mulher, desconfia de que o suspeito esteja mentindo e não acredita que ele tenha saído da casa da sogra bêbedo, após cometer o crime, e dirigido de moto embriagado, durante a noite, até São Paulo.
“Ele não reconhece nenhum dos locais, nós já até prevíamos essa possibilidade, mas vamos continuar trabalhando nessa investigação, vamos ver se existe uma outra informação, de um outro rio, vou levantar isso, para ver se conseguimos localizar essa arma de fogo ou não. Foi dado já cumprimento aos mandados de busca, em três locais, também não foi localizada a arma, ele está dificultando as coisas para nós”.
disse a delegada Vanessa Alice.
Diante disso, a delegada acredita que a arma esteja escondida em outro local e não tenha sido descartada na região.
O advogado do suspeito, Valdeci de Paula, lamentou o fato do objeto não ter sido localizado. “Lamentavelmente, ele não reconheceu o local. Pelo fato de ele estar, em tese, embriagado, como ele alega, ele passou no local e não reconheceu, o que é lamentável para a investigação, para o processo e para a defesa”, ressalta de Paula.
Lauriano argumentou que tinha a arma para defesa pessoal, para evitar assaltos, já que trabalhava com a venda de recicláveis e acreditava estar com o dinheiro muito exposto. A arma não era registrada, segundo ele. Após as buscas, o suspeito voltou para a carceragem da Delegacia da Mulher, em Curitiba, onde está preso desde a última quinta-feira (26).
O crime
Conforme o relato da filha da vítima, identificada como Keury, ela e o marido estavam em casa, acompanhados de um casal de amigos, no dia 21 de agosto, quando começaram a discutir. Para evitar uma confusão maior, os colegas resolveram ir embora e informaram que Keuri seguiria com eles.
Algum tempo depois, Lauriano foi até a residência da sogra na Rua João Dembinski, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC), por volta das 2h, acreditando que a esposa estaria no local. Jaqueline estava vendo televisão com o marido, Cleber, quando o genro entrou e afirmou que mataria ela e a companheira.
No entanto, ele aparentemente desistiu e saiu de dentro da casa para, na sequência, retornar e pedir um copo de água para Cleber, mas assim que o sogro foi à cozinha, Lauriano sacou uma arma e atirou contra a vítima. Ela morreu antes da chegada do socorro.
Keury disse à polícia que sua relação com Lauriano sempre foi conturbada e que, por isto, estaria se separando dele. O casal tem três filhos.