Mauro Sampietri prestou depoimento em júri nesta terça-feira (11)

O júri popular envolvendo a morte de Claudete Sampietri, em janeiro de 2017, teve início nesta segunda-feira (10), e deve terminar na noite desta terça-feira (11)

Na manhã desta terça-feira (11), o júri de Mauro Sampietri teve continuidade, e o suspeito contou sua versão da história alegando de imediato que não cometeu o crime. Nesta segunda-feira (10), os filhos do suspeito também prestaram depoimento, além de outras testemunhas. 

Mauro conta sua versão da história

No local, cerca de 30 pessoas acompanharam o júri, e Mauro alega que esta é a primeira vez que teve a oportunidade de esclarecer o que aconteceu no dia 20 de janeiro de 2017. Segundo ele, na sexta-feira que antecedeu o crime ele acordou bem cedo e foi para o Ceasa, após isso, Mauro afirma que voltou para a casa por volta das 11h30.

Na propriedade, Mauro diz que ouviu Claudete falando no celular com uma das filhas, e então ele saiu para levar comida ao filho Gabriel na frutaria. “No meio da tarde voltei pra casa e ouvi a Claudete falando com outra pessoa que não sei quem é. Então, eu voltei para a frutaria e fiquei lá até cerca de 20h. Quando cheguei em casa, por volta das 20h, a Claudete não estava mais lá”, conta.

O suspeito também afirma que quando retornou para casa o filho Gabriel estava no local. Então, Mauro alega ter ligado para a filha Tânia, dizendo que costumava fazer isso nas sextas-feiras. “Eu fiquei esperando a Claudete que não voltava. Então eu liguei para o celular dela por volta das 22h, mas ela não atendeu. Passou a noite e ela não voltou”, relata o suspeito.

No júri, ao ouvir a versão da história de Mauro, a juíza questionou porque o homem não recorreu aos filhos, não desconfiou que algo estava errado ou se não desconfiou que Claudete estaria com outra pessoa. “Eu nunca desconfiaria da minha mulher. Estão tentando denegrir a imagem dela, que era uma pessoa íntegra”.

Mauro afirma que esposa saiu com uma mala de roupas

Segundo o marido da vítima, ele havia conhecimento que Claudete conversava com um senhor por meio de uma rede social, mas que apesar disso, acredita que a esposa jamais seria capaz de o trair como os filhos alegaram em depoimento.

No sábado, o suspeito disse que foi até a casa da filha Tânia, e que chegou a ir ao Instituto Médico Legal (IML) três vezes, sendo duas com os filhos e uma sozinho. “Fui na rodoviária com a Tânia para tentar informações. A Tânia não me comunicava das diligências que fazia para tentar achar Claudete, mas sempre que eu sabia de algo tentava participar”.

Em depoimento, o homem diz que a esposa vendia roupas, e que na sexta-feira ele percebeu que havia roupas bagunçadas em casa, mas que, ao retornar para a residência, a mala com as peças não estava mais lá. “Deduzi que ela saiu com a mala”, afirma.

Juíza questiona se existia sangue na casa do casal

Questionado pela juíza se existia sangue na propriedade do casal, Mauro alega que não existia nenhum sangue de Claudete dentro da casa deles, e que o sangue encontrado por Tânia, filha do casal, era dele, que havia sofrido um corte no dedo.

Em resposta, a juíza afirma que foi encontrado sangue humano na grelha e em uma faca  de dentro da casa, mas Mauro alega que sobre isso ele não sabe explicar o que seria. Novamente, o suspeito é questionado sobre o sangue humano no local, mas Mauro diz que não sabe. “Sempre fazíamos churrasco. Alguém pode ter cortado o dedo”, responde.

Sentença deve sair hoje

O depoimento de Mauro e de outras testemunhas deve durar até a noite desta terça-feira (11), e a sentença do suspeito deve ser decretada ainda hoje.