O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da região de Campo Mourão, no noroeste, está em funcionamento há menos de um mês, porém, nesse curto espaço de tempo o serviço já recebeu quase mil ligações de falsas ocorrências. Os trotes representam 37,6% das chamadas.

A brincadeira de mau gosto pode congestionar as linhas e causar atraso no atendimento de quem realmente precisa. São 17 unidades básicas de auxílio distribuídas na região. Juliana Accete Zacardi, médica reguladora do Samu, ressalta que geralmente, nos primeiros segundos da ligação, é possível perceber se é um trote, porém, em alguns casos, as pessoas simulam de forma tão real que uma ambulância é enviada. Mesmo com a identificação dos trotes, são gerados custos de serviço que consequentemente atingem os cofres públicos.

Todas as chamadas recebidas pela central de atendimento ficam com os números registrados. Se as ligações de um mesmo número persistem, os atendentes retornam a ligação e explicam o transtorno e a gravidade dos trotes.

O ato de enganar ou retardar o serviço de urgência é crime e pode render detenção entre um e seis meses, além de uma multa no valor de R$135,78. A punição é aplicada ao responsável pela linha que realizou a chamada. Em caso de reincidência a multa pode dobra de valor.