O empresário José Oswaldo Dell’Agnolo, apontado como principal articulador de um esquema de golpe financeiro e alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), foi preso neste sábado (6), em Santa Catarina. O indivíduo tinha um mandado de prisão e havia a suspeita que teria deixado o Brasil, entretanto, foi encontrado em um hotel de luxo, no litoral catarinense.

Montagem com duas fotos do empresário José Oswaldo Dell’Agnolo
Empresário envolvido no esquema com o falso banco The Boss é preso em Santa Catarina (Foto: Reprodução/ Ric RECORD/ Jornal Razão)

Conforme informações da Polícia Federal (PF), repassadas neste domingo (7), o empresário, que seria o administrador do falso banco digital The Boss, foi encontrado com R$ 5 milhões em espécie, no quarto do hotel. Além disso, foram encontrados 10 celulares, chaves de veículos, relógios de luxo e um MacBook.

Durante a Operação Mors Futuri, deflagrada na quinta-feira (4), o Poder Judiciário autorizou a inclusão da ordem de prisão contra José Oswaldo Dell’Agnolo na Difusão Vermelha da Interpol. Porém, o empresário estava escondido no município de Ilhota.

Operação da Polícia Federal

As investigações apontam que os grupos utilizavam empresas supostamente vinculadas à área de tecnologia e um ‘banco digital’ para captar poupança popular, oferecendo contratos de investimento com promessa de rentabilidade fixa, baixo risco e acima da média de mercado. Aos investidores, os investigados afirmavam que realizavam operações no mercado financeiro com os recursos aportados, inclusive em plataformas e ativos de renda variável, como forma de justificar os ganhos prometidos. Em alguns casos, a captação era vinculada contratualmente a alegados algoritmos e programas de “inteligência artificial” para operações financeiras. 

As empresas utilizadas e o referido ‘banco digital’ não possuíam autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Banco Central do Brasil (BACEN) para atuar como instituições financeiras ou realizar a oferta pública de tais serviços de investimento. Recentemente, os responsáveis teriam deixado de prestar contas, interrompido os pagamentos e passado a ocultar informações e patrimônio. As diligências dão conta de que os grupos chegaram a movimentar, através do sistema financeiro nacional, mais de R$ 1 bilhão.

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Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.