Brasil - Nesta quarta-feira (29), moradores do Complexo da Penha se mobilizam na busca pelos corpos das vítimas da Operação Contenção, conduzida pelas forças de segurança do Rio de Janeiro na terça-feira (28) contra o Comando Vermelho. Testemunhas relatam que a comunidade se deparou com cenas semelhantes a de um cenário de guerra, com corpos exibindo marcas de tiros no rosto, facadas e decapitação.

moradores da penha chorando mortes após operação da polícia militar
Inúmeros corpos foram levados por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)

De acordo com informações da Agência Brasil, o Corpo de Bombeiros iniciou a retirada dos corpos no Complexo da Penha. Ainda não há confirmação sobre o número total de mortos na operação, que vem sendo classificada pelo governo do estado como “a maior da história do Rio de Janeiro”. Até a noite de terça-feira (28), o balanço oficial registrava 64 mortes, sendo 60 suspeitos e quatro policiais, o que já torna a ação a mais letal do estado.

Durante a noite, moradores encontraram mais seis corpos no Complexo do Alemão, além dos 60 localizados na Penha entre a madrugada e a manhã desta quarta. Caso não haja duplicidade, o total pode chegar a 130 vítimas.

No X (antigo Twitter), um voluntário identificado como Kleiton relatou detalhes sobre como a comunidade está se mobilizando para as buscas no Complexo da Penha.

Confira relato de morador da comunidade

Paraná está à disposição do Rio de Janeiro

Em uma coletiva de imprensa, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Coronel Hudson, afirmou que o estado está “à disposição” do Rio de Janeiro para auxiliar na Operação Contenção, caso necessário.

De acordo com o secretário, a operação é uma “situação de tomada de território”. À Ric RECORD, ele afirmou que o Estado não estava presente anteriormente no Complexo da Penha.

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Jessica Ibrahin

Repórter

Jéssica Ibrahin é formada em Jornalismo e pós-graduada em Ciência Política pela UNICAP. Atuou em redações de rádio, TV e portais de notícia, com experiência em entrevistas e reportagens sobre política, cultura e comportamento.

Jéssica Ibrahin é formada em Jornalismo e pós-graduada em Ciência Política pela UNICAP. Atuou em redações de rádio, TV e portais de notícia, com experiência em entrevistas e reportagens sobre política, cultura e comportamento.