Funcionária de UPA em Santo André (Grande SP) teria se recusado a fazer exames em dona de casa e a expulsado de sala chamando de “sua aidética”
Uma dona de casa de 41 anos foi ao 6º DP de Santo André (Grande São Paulo), na tarde desta quinta-feira (23), relatar que foi vítima de discriminação por parte de uma enfermeira da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Luzita, na mesma cidade.
Na Polícia Civil, a dona de casa disse que foi à UPA para passar por uma consulta. No atendimento, o médico teria pedido para ela fazer um exame de sangue e tomar antibiótico na veia. Seguindo a indicação médica, a dona de casa foi para a sala de exames, no entanto, a enfermeira de plantão teria se recusado a fazer a coleta de sangue e a aplicação do antibiótico. Segundo a vítima, a funcionária ainda teria mandando ela sair do local e gritou a chamando de “sua aidética”.
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Depois da ofensa, a dona de casa saiu da unidade. Na rua, conforme relatou no DP, acabou caindo e teve que retornar para a UPA. De acordo com a vítima, quando voltou foi atendida por um enfermeiro que fez corretamente o procedimento solicitado pelo médico. A pena para quem comete o crime de discriminação dos portadores de HIV e doentes de aids é de um a quatro anos de prisão, além de multa.
O parágrafo quinto do artigo primeiro da Lei 12.984 de 2014 define que é crime “divulgar a condição do portador do HIV ou de doente de aids, com intuito de ofender-lhe a dignidade”. O sexto parágrafo do mesmo artigo ainda aponta o crime de “recusar ou retardar atendimento de saúde”. O R7 contatou a UPA, que confirmou que a enfermeira trabalha no local, mas disse que hoje não é o plantão dela. A unidade ainda afirma não ter informações do caso.
A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Santo André, no entanto, uma gravação automática diz que “a Prefeitura de Santo André atende os cidadãos de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h”. O R7 também não conseguiu contato com a Secretaria de Saúde do município.
