Uma engenheira ambiental de 40 anos de idade foi presa nesta quarta-feira (1°) após uma denúncia feita pelo Instituto Água e Terra (IAT). De acordo com as acusações, a profissional usava documentos falsos para conseguir licenciamento para suas obras.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) realizou a prisão durante o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva. Os mandados foram pelos crimes de falsificação de documento público, inserção de dados falsos em sistema de informação, desmatamento da Mata Atlântica e fraude em licenciamento ambiental.
Segundo Ivonete Coelho da Silva Chaves, diretora de Licenciamento e Outorga do IAT, a engenheira foi presa por usar documentos de pessoas mortas para conseguir licenciamento.
“Ela apresentava laudos falsos e documentos de pessoas já falecidas para tirar proveito, enganar. Indicava que fariam uma obra de paisagismo para conseguir a dispensa do licenciamento, mas, na verdade, desmatavam em áreas de proteção ambiental”, disse.
Engenheira que foi presa lucrou mais de R$ 2 milhões
Ao todo, mais de 230 licenciamentos ambientais foram obtidos de forma irregular nos últimos cinco anos. De acordo com o delegado Guilherme Dias, os licenciamentos fraudados possibilitaram a construção de condomínios em áreas de proteção ambiental, o transporte e descarte ilegal de resíduos e o desmatamento de áreas superiores a 300 mil metros quadrados.
“Também foram identificados empreendimentos em reservas hídricas que colocariam em risco nascentes e o abastecimento de água da região de Curitiba”, explicou.
Por fim, a PCPR acredita que a engenheira que foi presa tenha obtido cerca de R$ 2 milhões a partir das fraudes. Ela responderá civil e criminalmente pelos crimes ambientais, o que vale também para os proprietários das áreas, que ficam obrigados a regenerar todos os danos. A engenheira foi encaminhada ao sistema penitenciário.
*com informações da Agência Estadual de Notícias
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