Mãe e filha, vítimas do ataque do delegado Erik Busetti na noite desta quarta-feira (4), serão enterradas na cidade de Piraí do Sul, na região dos Campos Gerais do Paraná. Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, e a filha Ana Carolina de Souza, de 16 anos, foram encontradas mortas e abraçadas atrás de um sofá na sala do sobrado em que a família vivia, em Curitiba.
Familiares de Ana Carolina informaram na noite desta quinta-feira (5), que a expectativa é que os corpos sejam liberados do Instituto Médico Legal (IML) no início da madrugada desta sexta-feira (6).
Primeiramente os corpos serão levados para a Escola Superior de Polícia Civil, localizada no bairro Portão, na capital paranaense. Por volta das 8h desta sexta-feira, os corpos seguirão em cortejo para a cidade de Piraí do Sul, onde o enterro está programado para às 17h, no cemitério municipal.
Os sepultamentos serão na cidade onde moram os familiares de Maritza. Já o pai de Ana Carolina é do Rio Grande do Sul.
O crime
O delegado Busetti matou sua esposa e a enteada, na noite desta quarta-feira (4), dentro do sobrado onde viviam em de um condomínio no bairro Santa Cândida, em Curitiba.
No momento do crime, estavam em casa Maritza, uma filha do casal de 8 anos e Ana Carolina. De acordo com a polícia, a criança dormia e acordou quando ouviu os tiros. Momento em que Busetti foi até o quarto, pegou a filha e levou a menina até casa de vizinhos.
“Ouvi vários tiros, umas 23h45 da noite. Passou 5 minutos, o delegado saiu da casa dele com a filha já no colo. E aí começou a “bater nos vizinhos” [sic] pra deixar a filha dele menor. Ele já chegou e disse ‘fica com minha filha que eu fiz uma besteira’. Ele estava com a camisa toda rasgada, falou que entrou em luta corporal com ela, mas aí eu já não sei”, conta uma testemunha, que não quis se identificar.
Ele teria a intenção de tirar a própria vida, mas foi convencido a desistir pelos vizinhos. Na sequência, ele ligou para a polícia, confessou o crime e esperou pela chegada dos policiais. Em resposta ao ser perguntado sobre a motivação dos assassinatos, ele respondeu com frieza “vocês não têm ideia do que eu estava passando”.

O casal – que estava junto há pelo menos 10 anos– passava por um processo de separação. Moradores do condomínio declararam que o delegado aparentemente era uma boa pessoa e sempre conversava com todos. Ainda de acordo com algumas testemunhas, antes do crime, eles ouviram uma briga entre o delegado e a esposa.
Uma ambulância do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) chegou a ser chamada, mas quando chegou ao local, as vítimas já estavam mortas.